Como definir o preço de um livro?

Você escreveu, revisou, diagramou, criou uma capa para seu livro e, finalmente, está pronto para publicar sua obra.
Depois de todo esse trabalho (que pode levar semanas, meses ou até mesmo anos), é hora de colher os resultados da sua dedicação. Mas…. quanto vale seu livro?

Essa é uma das maiores dúvidas de autores independentes: como se definir o preço de um livro? Afinal, para você, autor, sua obra vale muito! Mas e para os leitores? Deve-se buscar sempre o preço mais baixo? Até que ponto vale a pena ou é efetivo abrir mão de direitos autorais para vender mais?

Para ajudá-lo nesta missão de precificar seu livro, preparamos este artigo com tudo o que deve  ser considerado durante o processo. Confira!

Quanto maior a demanda, mais valiosa a oferta

O único ponto comum que liga todos os livros já publicados no mundo, em todas as sociedades e por toda a história, é que todos têm e sempre tiveram um preço.

E sim: esse preço até pode ser subsidiado pelo Estado (no caso de livros didáticos para escolas públicas, por exemplo) ou pelo autor (quando este decide distribuir a sua obra gratuitamente, normalmente em formato ebook). Mas, de uma forma ou de outra, ele existe e, se não houver ninguém disposto a pagá-lo, o livro simplesmente deixará de existir.

No mercado tradicional, no qual todos estamos inseridos, este alguém costuma ser o leitor, o consumidor.

E como ele toma a sua decisão? Da mesma forma que ele decide sobre a compra de um novo smartphone ou de uma barra de chocolate: medindo o tamanho do seu desejo pelo livro e desenhando uma conta em sua mente que define quanto esse desejo efetivamente vale.

Resumindo: se um leitor estiver extremamente interessado em uma determinada história, ele estará também disposto a pagar mais por ela; se seu interesse for pequeno, no entanto, qualquer quantia mais significativa será potencialmente proibitiva.

Leia também: o leitor escolhe o livro pela capa?

Como funciona a lógica por trás dos preços de livros?

Para tornar o tema um pouco mais simples, vamos a um exemplo real:

O livro Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Noah Harari, passou meses nas listas de mais vendidos do Brasil e do mundo entre 2017 e 2018. Em outubro de 2018, ele estava sendo vendido por R$ 59,90 – cerca de 50% acima do preço médio de um livro no Brasil no mesmo período (R$ 40,31, de acordo com o Sindicato Nacional de Editores de Livros – SNEL – e a Nielsen).

Se a lógica do leitor fosse exclusivamente financeira, este livro seria um fracasso, não um campeão absoluto de vendas.

O que, então, fez a diferença? O que permitiu que Sapiens tivesse um sucesso tão astronômico mesmo custando tão mais caro que a média?

A maneira com que sua oferta foi feita.

Sapiens tem um enredo quase único, abordando sob uma ótica extremamente peculiar fatores como história, evolução e biologia. Ou seja: a concorrência em torno do tema é praticamente nula.

• Sua sinopse é bem trabalhada;
• As críticas são extremamente positivas e publicadas em sites e veículos de comunicação de peso;
• A capa salta aos olhos, é extremamente convidativa;
• O autor é facilmente encontrado nas redes sociais, seja em vídeos de palestras ou artigos públicos.

Traduzindo tudo isso em um só raciocínio: há desejabilidade em torno do livro que fez com que o leitor julgasse justo o preço de R$ 59,90.

E, daqui, extrai-se a primeira regra: em vez de concentrar toda a estratégia comercial no preço do seu livro, foque-se na criação de desejabilidade. Faça as pessoas quererem comprar a sua história pela força magnética dela, e não apenas pelo preço.

Quanto mais desejabilidade você conseguir gerar sobre sua obra, mais conseguirá cobrar por ela – e mais conseguirá ganhar.

Saiba mais: como escrever bem?

Como gerar interesse pela sua obra?

Se você já possui livros publicados ou é um autor reconhecido por suas crônicas, poesias ou qualquer outro conteúdo lançado anteriormente, com certeza há um atalho para você. Afinal, as pessoas que apreciam seu trabalho estarão aguardando pela publicação e será muito mais fácil vender sua obra.

Por isso, construir uma reputação é muito importante. Sempre que possível, mostre seu trabalho nas redes sociais ou em veículos locais. Isso irá ajudá-lo a conquistar leitores fiéis!

Mas tudo isso pode não ser suficiente para fazer sua obra alcançar as prateleiras de best-sellers. É necessário muita divulgação, estratégias de marketing e tempo investido para ter sucesso para poder aumentar seu preço de venda e, consequentemente, o retorno financeiro com direitos autorais.

Ah, e vale lembrar: uma boa estratégia de divulgação só funcionará se a qualidade de sua obra corresponder às expectativas. Isso significa: bom conteúdo, diagramação agradável, título e capa interessantes e por aí vai.

Ou seja: o preço final do seu livro dependerá muito de todos esses fatores!

Custos da publicação de um livro

Além de todos os pontos mencionados acima, cabe destacarmos outro elemento fundamental para a tomada de decisão: os custos da publicação. 

Se você optar por lançar sua obra de forma independente, sem ajuda de uma plataforma de autopublicação, o orçamento, negociação com as gráficas e admistração do seu estoque ficarão sob sua responsabilidade. Mas ao optar por serviços como o do Clube de Autores, além de conseguir impressões muito mais baratas, você também economizará seu tempo – que, convenhamos, vale muito!

Depois de cadastrar o arquivo do seu livro no site do Clube, o nosso sistema calculará a quantidade de páginas do seu livro e exibirá uma calculadora que mostrará todos os custos envolvidos na impressão – com um campo para que você estipule os seus direitos autorais. É neste campo que você deverá inserir a sua margem de ganho por venda. Ou seja: tudo automatizado, rápido e simples.

Com essas informações em mãos, é possível calcular quanto você acha justo receber por obra vendida versus quanto você acha que o leitor pagaria por seu livro. Bem mais simples do que fazer tudo sozinho!

Aliás, aqui no Clube a distribuição das obras para as maiores livrarias do Brasil também é feita por nós. Legal, né? :)

E aí, ficou com mais alguma dúvida? Conta pra gente nos comentários!

*Texto publicado em 2018 e atualizado em 2021.

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