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Todo mundo quer escrever um livro?

Talvez você já tenha notado ou, quem sabe, nunca pensou sobre o assunto, mas posso chutar com pé esquerdo, de olhos fechados: você conhece pelo menos sete pessoas que gostariam de escrever um livro.

Agora você deve estar se perguntando de onde saiu este número, sete. E é nessa hora que toda a credibilidade deste texto vai por água abaixo. Acabei de inventar. Cinco seria clichê, três muito pouco. Sete me pareceu razoável.

Mas vamos fingir que a fonte é séria e considerar a hipótese por um momento.

Tente encontrar sete pessoas que você conhece e que têm boas histórias para contar, uma pesquisa interessante (e realmente embasada) ou uma mente super criativa. Pode ser um professor do primário, seu primo jornalista, amigos de infância e até mesmo alguém que você nem sabe por que, mas te segue em todas as redes sociais.

Por que todo mundo quer escrever livros?

Bem conversadinho, a gente encontra várias pessoas ao longo da vida com potencial para colocar boas histórias no papel (talvez até mais do que sete). Também encontra gente querendo ficar famoso e ser a próxima Clarice Lispector, mas sem muito dom para enfileirar as palavras e escrever algo que faça sentido.

E aí podemos fazer uma listinha dos motivos para querer publicar uma obra – também com base na fonte inicial deste texto: meu cérebro.

  • Adultos que leram muito Harry Potter quando eram criança e não superaram o ponto final;
  • Crises de meia idade e a necessidade de eternizar uma vida de boas memórias;
  • Pesquisas acadêmicas que tiraram o sono durante a faculdade e que precisam ser compartilhadas para compensar o esforço;
  • Criatividade que não cabe dentro da mente e precisa ser traduzida em poemas, crônicas, ilustrações;
  • Vontade de conquistar o universo literário e ganhar destaque nas prateleiras de todas as livrarias (mesmo não sabendo sobre o que se deseja escrever)

Bom, você já entendeu. Fato é que, nem todas as pessoas nasceram para ser escritoras, mas várias delas querem escrever livros. E que bom! Assim teremos sempre prateleiras cheias de novas ideias para amar, criticar e desgostar.

Aliás, o podcast É nóia minha?, no Spotify, traz uma discussão bem parecida e bem humorada sobre esse assunto. Pega essa dica.

Por que nem todo mundo escreve livros?

Matemática não é meu forte, mas sei que se cada um conhece sete pessoas que querem ser escritoras, provavelmente a soma de livros publicados no mundo não vai fechar. Mas a culpa não é minha, juro. É do mercado editorial.

Toda essa ideia de criar o próximo best seller geralmente vem acompanhada de frustração, porque o processo tradicional de lançar um livro é realmente cruel: longas filas de espera para ser lido por uma editora, além de muita burocracia e dinheiro envolvido.

Porém, graças à mente brilhante do ser humano e sua capacidade de reinventar o que já existe, hoje esta não é a única opção. Dá para publicar um livro de forma independente, gratuita e ainda aparecer nas maiores livrarias do país. Só que grande parte das pessoas ainda não sabe disso, não pesquisou as alternativas, abandonou a ideia antes de tentar ou não se sente capaz de materializar esse sonho.

Mas e aí, tem solução?

A autopublicação é uma maneira de democratizar a literatura, porque torna possível o compartilhamento de novas histórias, que provavelmente nunca seriam contadas se seguissem a lógica do mercado tradicional. Não é difícil, mas ainda rola muito preconceito e desinformação e a culpa é tanto minha quanto sua. Porque não consumimos tantos autores independentes quanto deveríamos, deixamos de compartilhar obras interessantíssimas nas redes sociais e preservamos intacta uma bolha de escritores já consagrados e conhecidos pelo mundo todo.

A boa notícia é que a publicação independente vem crescendo (e muito). Só aqui no Clube, são mais de 40 novos livros publicados diariamente. E esse número nem é inventado, prometo!

Quer uma notícia ainda melhor? Você conhece pelo menos sete pessoas que querem fazer parte desse clubinho e se aventurar no universo da escrita e um empurrãozinho pode fazer toda a diferença.

Pesquise, compartilhe, incentive e consuma conteúdos independentes. Quem sabe você é vizinho do próximo Caio Fernando Abreu, só não descobriu ainda! =)

Artigos pra você entender mais sobre a autopublicação:
Por que somos contra a taxação de livros?
Como se tornar um escritor?
Publicação independente cresce durante a quarentena

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

2 comentários em “Todo mundo quer escrever um livro?

  1. Olá, eu contenho um ebook já completo com correções ortográficas e com paginas ilustradas ao fundo, gostaria de saber se teriam interesse em um investimento para publicação do mesmo.
    Nome da obra é “Além da linha da vida” escrita e editada pela minha pessoa apenas, e a história tenta retratar a vida com algumas perspectivas diferentes, tanto boa quanto ruim na visão de um garoto com câncer que está nos últimos suspiros.
    Caso se interessem tenho o material em pdf, são 68 paginas e também possuo arquivo em formato mp4 passando as paginas a cada 2min com uma trilha sonora ao fundo

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