Se você costuma acompanhar as discussões sobre gênero no Brasil e no mundo, sabe que ainda há abismos gigantes entre o reconhecimento de mulheres no mercado de trabalho, na política, nas artes e, infelizmente, também na literatura.
E cabe destacar logo no início deste artigo que incentivar a leitura de obras escritas por mulheres não é apenas uma questão de equiparar o reconhecimento, mas de entender como um simples hábito de consumo diz muito sobre a sociedade em que vivemos.
Leia também: a importância da representatividade da literatura infantil
Vamos aos fatos:
De acordo com o texto do jornal inglês The Guardian, apenas 19% dos leitores dos maiores bestsellers escritos por mulheres são homens. Aqui, estamos falando de títulos assinados por Jane Austen, Margaret Atwood, Danielle Steel e Jojo Moyes, por exemplo.
Já no cenário oposto, vemos números muito mais equilibrados. Entre os top 10 livros escritos por homens, 45% dos leitores são mulheres. Nas palavras da própria escritora do texto: muitas mulheres estão prontas para ler livros escritos por homens, mas poucos homens estão preparados para o contrário.
Mas por que é importante que os homens leiam livros escritos por mulheres?
A roteirista Livia Piccolo fala sobre o tema de uma forma super didática no vídeo “Por que deveríamos LER MAIS mulheres? – Literatura, gênero e hábitos de leitura”, publicado pela editora Antofágica:
“Quando uma mulher escreve, ele não está somente narrando experiências das mulheres, mas também falando das experiências dos homens, sob o ponto de vista das mulheres (…). Quando você não acessa a perspectiva das mulheres sobre todos os assuntos do mundo, você tende a enxergar a realidade epenas por uma lente: a dos homens”, explica Livia.
Confira a fala completa da roteirista abaixo:
Ou seja: quanto mais diversidade incluímos em nosso repertório de leituras, mais ampliamos nosso olhar para as diferentes formas de ver o mundo. E aqui estamos falando sobre autoras mulheres, mas a discussão pode (e deve) incluir também outros gêneros, cor, etnias e por aí vai!
Aliás, se você gostou das referências acima (o vídeo de Livia Piccolo e o texto do The Guardian), aproveite pra seguir a newsletter “Queria ser grande, mas desisti” – os dois links são uma curadoria de Bárbara Angelo (autora da news) e foram indicados por ela em um dos e-mails mais recentes. A inspiração para esse post também veio de lá! :)
Por onde começo?
Se você não sabe por onde começar ou quer presentear um amigo com uma obra assinada por uma autora, preparamos uma listinha de conteúdos aqui do blog para de ajudar nessa missão :)
- Ilhados no Fim do Mundo, escrito por Melissa Töbias
- Nudes e Outros Crimes, por Mariana Betting Ferrarezi
- Suíte 2121, de Rachel Fernandes
- Sobre os Ossos dos Mortos, da ganhadora do Nobel de Literatura de 2019, Olga Tokarczuk
- Outros 25 livros incríveis escritos por mulheres para ler ainda este ano
Tem outra recomendação de leitura? Conta pra gente nos comentários!
Costumo ler livros escritos por mulheres. Sou um grande admirador de Cecília Meireles, Agatha Christie, Margareth Atwood. Dou prioridade a livros escritos por mulheres. Sou um escritor simbolista. Escrevo poemas no estilo de Cruz e Sousa e Cecília Meireles.
Parabéns Ricardo Almeida
Brevemente estaremos enviando nossa obra literária para publicação, a qual o FRED já tomou conhecimento.
Temos uma Palestra onde comprovamos, historicamente, que o discurso sexista contra a Mulher chegou ao seu clímax no século XVIII, obrigando as mulheres como Katerine W. Seppard – Zelia Zeklin e Alexandra Kollontai a erguerem, mundialmente, a bandeira que tantos reivindicam.
No evento, provamos que as 3 Leis brasileiras, ditas “protetivas” da mulher, embora importantes porque despertaram a consciência do coletivo em seu favor, não são de boa qualidade Jurídica, até mesmo desrespeitando a CF/88, ou seja, continuam desprotegidas, beneficiando o criminoso.
Na Palestra dizemos que nas cavernas, não houveram vestígios dessa discriminação, ao contrário, pelo fato do parto despertar no homem, a curiosidade natural, o ato lhe causava um verdadeiro pavor, promovendo a fuga de quase todos. O homem da caverna tinha a mulher como uma “Deusa”, capaz de esvair-se em sangue e trazer das suas entranhas o filho para dar a ele o alimento da vida. Esta foi a razão das primeiras divindades encontradas no período, serem todas de mulheres com seus seios e barrigas enormes e vagina enormes. Era o Matriarcado em evidência, que levou 1 milênio para ser descontruído pela barbaridade do homem.
Hoje, a mulher continua o mesmo ser humano, retratando a mistura de Deusa , porém sem plateia como na antiguidade.
Parabéns por nos fazer conhecer um pouco mais delas, um ser humano que jamais teria nos levado ao atual momento desumano que vivemos.
Jocelen Thiago
Advogado- Palestrante- Gestor de Projetos e Empreendimentos Criativos- Formado em Jornalismo (1983)
(31) 99907-8669-982564322 –
joclenadv@gmail.com