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Comportamento de Leitura dos Brasileiros em 2024: o que os dados revelam?

A leitura é uma das principais formas de acesso à informação, aprendizado e lazer. No entanto, entender os hábitos dos leitores brasileiros pode ajudar a traçar estratégias para incentivar ainda mais essa prática. 

O levantamento mais recente do Instituto Pró-Livro, por meio da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, trouxe, dentre vários outros dados, informações interessantes sobre a frequência, os gêneros preferidos e os locais onde as pessoas costumam ler. 

No texto de hoje vamos explorar esses números e entender melhor o panorama atual. Boa leitura!

Com que frequência os brasileiros leem literatura por vontade própria?

comportamento de leitura

Quando falamos de livros lidos por vontade própria, independentemente do formato (impresso ou digital), os dados revelam que uma parte significativa da população não lê livros de literatura espontaneamente. Entre os entrevistados alfabetizados:

  • 62% afirmam não ler literatura regularmente;
  • Apenas 7% leem livros todos os dias ou quase todos os dias;
  • 11% leem pelo menos uma vez por semana, enquanto 9% fazem isso pelo menos uma vez por mês.

A frequência de leitura está diretamente relacionada à escolaridade: quanto maior o nível de educação formal, maior a taxa de leitura. No ensino superior, por exemplo, 11% das pessoas leem ao menos uma vez por mês, enquanto no ensino fundamental I esse percentual cai para 5%. 

Já a análise por faixa etária indica que os jovens entre 11 e 17 anos são os que mais leem literatura por vontade própria. Entre os 70+, 78% não leem esse tipo de livro.

A influência da escola na leitura

Quando a leitura de literatura é impulsionada pela escola, os números são bem diferentes. Entre os estudantes:

  • 41% dizem que não leem livros indicados pela escola;
  • 13% leem todos os dias ou quase todos os dias;
  • 23% leem pelo menos uma vez por semana.

Isso mostra que, mesmo com a obrigatoriedade escolar, um percentual alto de estudantes não se engaja na leitura. O ensino fundamental é a fase onde há mais incentivo à leitura, mas no ensino médio e superior há uma queda expressiva na frequência.

Quais são os gêneros literários mais lidos no Brasil?

Entre os livros que os brasileiros costumam ler, os gêneros mais populares são:

  • 📖 Bíblia e livros religiosos – 55%;
  • ✍🏼Contos e romances – 42%;
  • ✍️ Poesia – 12%;
  • 🏛 História, economia, política, filosofia ou ciências sociais – 12%;
  • 🧸 Infantis – 11%;
  • 📰 Didáticos (livros escolares e acadêmicos) – 11%.

A média de gêneros lidos por entrevistado caiu de 4,1 em 2019 para 2,4 em 2024, o que pode indicar um menor interesse pelo livro, tendo em vista que, hoje, a atenção está dividida entre as telas do celular, TVs e outros dispositivos eletrônicos.

Onde os brasileiros costumam ler?

O ambiente mais comum para leitura continua sendo a casa (85%), seguida da sala de aula (19%) e das bibliotecas (14%). Outras opções menos usuais incluem:

  • 📚 No trabalho – 10%;
  • 🚇 No transporte público – 7%;
  • 🏥 Consultórios e salões de beleza – 4%;
  • 🛍 Shopping, praças e clubes – 4%;
  • ☕ Cafeterias e bares – 1%.

Isso reforça que a leitura ainda é, para muitos, uma prática solitária e privada.

Conclusão: como incentivar a leitura no Brasil? 

Os dados mostram que, apesar da importância da leitura, ainda há barreiras significativas para que os brasileiros leiam mais, especialmente por vontade própria. Para mudar esse cenário, algumas estratégias podem ser adotadas:

  1. Incentivar a diversidade de gêneros – Mostrar que a leitura não precisa ser apenas acadêmica ou religiosa, mas também pode ser um entretenimento prazeroso.
  2. Criar espaços de leitura acessíveis – Bibliotecas, clubes de leitura e eventos literários são essenciais para aproximar as pessoas dos livros.
  3. Ampliar programas de incentivo nas escolas – Os estudantes que leem por obrigação escolar podem ser estimulados a manter esse hábito ao longo da vida.
  4. Explorar formatos digitais – Livros digitais e audiolivros podem ser boas opções para quem não tem o hábito da leitura tradicional.

A leitura tem o poder de transformar vidas e sociedades. Fortalecer esse hábito no Brasil é um desafio, mas também uma grande oportunidade para democratizar o conhecimento e expandir horizontes.

Como esses dados revelam oportunidades para os autores independentes

Os dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil mostram desafios, mas também indicam oportunidades valiosas para autores independentes que desejam expandir seu público. A baixa frequência de leitura espontânea sugere a necessidade de estratégias mais criativas para despertar o interesse dos leitores. Uma das formas de alcançar isso é apostar em gêneros já consolidados, como romance e poesia, ou identificar nichos ainda pouco explorados, como histórias voltadas para o público adulto e idoso, que atualmente lê menos literatura por vontade própria.

O ambiente digital também se apresenta como um aliado essencial para escritores independentes. Com o crescimento dos ebooks e audiolivros, há uma oportunidade de tornar a literatura mais acessível e diversificada. Publicar em plataformas como Kindle, Scribd ou até mesmo explorar newsletters e podcasts narrativos pode ajudar a criar uma conexão mais próxima com os leitores. Além disso, a presença em redes sociais, onde muitos leitores buscam recomendações, é uma estratégia fundamental para engajar novos públicos e divulgar obras de maneira autêntica.

Outro ponto relevante é a influência da escola na formação de leitores. Como muitos estudantes leem apenas os livros indicados pelos professores, autores podem buscar parcerias com escolas, clubes de leitura juvenis e eventos educativos para apresentar suas obras a esse público. Criar materiais complementares, como guias de leitura ou atividades interativas, pode tornar a experiência mais enriquecedora e aumentar o interesse pelo livro.

Esses dados mostram que, embora o hábito da leitura precise ser incentivado, existem oportunidades estratégicas para que escritores independentes se destaquem. Seja aproveitando tendências consolidadas, explorando formatos inovadores ou se conectando com leitores em espaços educativos, há um vasto campo a ser explorado. 

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