Prefácio, prólogo, posfácio e epílogo. Essas quatro palavras causam dor de cabeça em diversos autores, afinal, quando e como usar cada um desses elementos textuais de um livro? No blog do Clube de Autores, temos a missão de ensinar você tudo sobre o universo literário para que você, autor independente, possa tirar de letra todos os desafios do mercado.
Já falamos por aqui sobre uma parte desses elementos textuais, sendo e prefácio e o prólogo, que você pode conferir acessando o link: Qual a diferença entre prefácio e prólogo?
E se anteriormente falamos sobre o que vem antes do texto principal do livro, agora é o momento de falar sobre o que vem depois: posfácio e epílogo. Me acompanhe nas próximas linhas e aprenda o que é quando usá-los.
Elementos pós-textuais. O que são e quando utilizá-los?
Os elementos pós-textuais de um livro são componentes essenciais que aparecem após o conteúdo principal da obra. Embora possam ser frequentemente negligenciados, desempenham um papel fundamental na conclusão e na compreensão global do livro.
Dentre esses elementos pós-textuais, temos: referências, bibliografia, apêndices, anexo, colofão, nota do autor, posfácio, epílogo e outros.
Posfácio e epílogo: qual a diferença entre eles?
Entenda a diferença entre esses dois elementos pós-textuais. Por mais que muitos acreditam ser o mesmo, existem diferenças profundas. Confira.
Na intricada tapeçaria da estrutura literária, os termos “posfácio” e “epílogo” surgem como peças cruciais, cada uma com sua própria função distintiva no fechamento de uma obra. Embora possam parecer semelhantes à primeira vista, esses elementos desempenham papéis diferentes no encerramento de uma narrativa. Exploraremos a diferença essencial entre posfácio e epílogo para entender como eles contribuem para a conclusão de um livro.
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O Posfácio: Reflexões e Contexto Pós-Narrativa
O posfácio é uma seção que aparece após a conclusão do enredo principal. Ele oferece ao autor a oportunidade de compartilhar reflexões, análises e insights sobre a obra na totalidade.
O posfácio pode incluir considerações sobre o processo de escrita, as influências por trás da história, o impacto esperado sobre os leitores e quaisquer outros detalhes relevantes. Geralmente, ele acrescenta uma camada adicional de entendimento, permitindo que os leitores mergulhem mais profundamente na mente do autor e na mensagem subjacente.
O posfácio, assim como o prefácio, pode ser escritor por outra pessoa que não seja o autor. Essa opção é interessante, por ser uma oportunidade de validação da obra para o leitor, além de apresentar uma visão externa e isenta sobre a obra.
O Epílogo: a conclusão das jornadas dos personagens
Por outro lado, o epílogo é uma parte da narrativa que ocorre após o clímax e a resolução da trama. Ele fornece um vislumbre do destino dos personagens principais após os eventos centrais do livro.
O epílogo oferece um encerramento emocional, revelando como as vidas dos personagens evoluíram a longo prazo. Pode responder a perguntas pendentes, destacar os resultados das escolhas dos personagens ou fornecer um olhar para o futuro. Em muitos casos, o epílogo é uma oportunidade para os leitores se despedirem dos personagens com os quais se conectaram ao longo da história.
Livros com posfácio e/ou epílogo
Exemplos de livros com posfácio
“Grande Sertão: Veredas” – João Guimarães Rosa: Este clássico da literatura brasileira apresenta um posfácio em algumas edições, no qual críticos literários e estudiosos discutem a complexidade da obra, sua influência na literatura e na cultura brasileira, e exploram as diversas camadas de significado presentes no livro.
“O Cortiço” – Aluísio Azevedo: Algumas edições deste romance naturalista brasileiro incluem um posfácio que contextualiza a obra no movimento literário do século XIX, analisa suas representações da sociedade e discute seu impacto na literatura nacional.
Exemplos de Livros com Epílogo
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis: Este livro clássico da literatura brasileira termina com um epílogo, no qual o narrador-protagonista, Brás Cubas, reflete sobre a própria morte e sobre a ironia da vida e da sociedade.
“Dom Casmurro” – Machado de Assis: Outra obra de Machado de Assis, “Dom Casmurro”, também possui um epílogo em algumas edições, no qual o narrador, Bento Santiago, conhecido como Dom Casmurro, retoma suas reflexões sobre ciúmes e memória, deixando os leitores com questões em aberto.
Lembrando que a inclusão de posfácios e epílogos pode variar de edição para edição e de autor para autor. Esses são apenas exemplos que ilustram como esses elementos são utilizados em alguns livros nacionais para enriquecer a experiência de leitura e proporcionar contextos adicionais aos leitores.
Logo, não pense que posfácio ou epílogo fazem parte de um nicho, categoria ou gênero literário específico. Use-os para enriquecer o seu trabalho.
Conclusão
Em resumo, enquanto o posfácio concentra-se nas reflexões do autor e no contexto mais amplo da obra, o epílogo dirige-se aos personagens, oferecendo um último vislumbre de suas trajetórias após os eventos principais.
Agora me diga, você tem um posfácio ou epílogo no seu livro? Se sim, comente abaixo sobre.
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