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Prólogo: o que é e como escrever um?

Mais uma palavrinha difícil do dicionário literário: prólogo.
Neste artigo explicaremos o significado deste recurso literário, além de dicas para utilizá-lo em uma obra. Confira!

Leia também: Como começar a escrever um livro?

O que é prólogo?

O prólogo é um recurso de texto utilizado antes do primeiro capítulo de um livro. Funciona como uma preliminar da história, trazendo informações paralelas ao discurso central.

O formato surgiu na Grécia Antiga, como uma espécie de monólogo antes do início de peças teatrais. Normalmente, este espaço era utilizado para contextualizar a plateia antes dos atores ganherem a cena.

Qual a diferença entre prólogo e prefácio?

Enquanto o prólogo é parte da história, iniciando a narrativa, o prefácio funciona como uma nota do autor (ou de um convidado) explicando o conteúdo do livro ou dando sua própria opinião.

Ambos são apresentados antes da narrativa principal, mas o primeiro está sempre conectado à história.

Tipos de prólogo:

Confira alguns formatos comuns utilizados para iniciar uma obra.

Ação

Nem toda obra começa de forma lenta e suave até chegar ao plot principal. Algumas histórias precisam adiantar o acontecimento central para que a narrativa se desdobre. Os livros de Agatha Christie, por exemplo, apresentam o crime logo no início para que a investigação faça sentido. Ao final da história, sempre há um desfecho que explica em detalhes exatamente o que aconteceu lá no comecinho.

Moldura

Este formato normalmente apresenta a perspectiva do personagem principal sobre a trama. Em um livro de aventura, por exemplo, sempre fica um aprendizado que pode ser antecipado ao leitor, introduzindo um dos sentimentos que ele está prestes a vivenciar. É basicamente um spoiler das consequências de todos os acontecimentos.

Teaser

A maneira mais simples de compreender a função do teaser é a partir do cinema. Séries e filmes costumam utilizar este recurso para mostrar algo que acontecerá mais tarde. Ele serve para criar expectativas sobre o roteiro.

A série Marcella, da Netflix é um bom exemplo de teaser: o primeiro episódio da primeira temporada começa com uma cena da detetive em uma banheira coberta de sangue. Em seguida, a história volta pra o início de uma investigação de assassinato, conduzindo a audiência e dando pistas do que pode ter acontecido para levar a personagem até aquele momento.

Dicas para escrever um prólogo de sucesso:

  1. Não adicione informações desnecessárias e que possam confundir o leitor durante a narrativa. A ideia é utilizar este recurso como forma de despertar a curiosidade, sem tirar a atenção do verdadeiro foco da história.
  2. Tome muito cuidado ao utilizar pontos de vista diferentes no prólogo em relação ao restante da obra. Dar um tom muito diferente logo no início pode criar falsas expectativas no leitor.
  3. Seja breve. O início de um livro é decisivo para a continuidade da leitura, portanto, não enrole muito para começar a introduzir a história. Prólogos tendem a ser curtos e rápidos.

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

7 comentários em “Prólogo: o que é e como escrever um?

  1. Muito obrigado pelas dicas! Estou escrevendo uma história e não fazia ideia de como começa-la. Fiz um resumo de tudo na minha agenda para me ajudar <3

    1. Oi, Valdemar! Tudo bem?
      Se você considera o prólogo essencial para sua história e pensou em uma forma interessante de incluí-lo, não há problemas. Porém, se não agregar para a narrativa, talvez seja melhor começar o livro sem essa etapa :)

      Essa decisão é sua! Nossa sugestão é que você pesquise em seus livros favoritos e inspire-se para escolher a maneira mais criativa de contar sua história.

      Um abraço.

    2. São dois recursos diferentes, um não repete nem invalida o outro. ´ É você quem faz o Preludio, ele é parte orgânica da história, coisa que o prefácio não é.

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