Quando se pergunta sobre o futuro dos livros, normalmente se ouve previsões fatalistas do tipo “o impresso morrerá até o ano que vem”.
Aqui no Clube, temos a oportunidade de acompanhar de perto o comportamento do leitor brasileiro – que é bem mais “conservador”, por assim dizer, do que o americano – com relação à sua preferência. E, do montante total de livros, o fato é que apenas 6% dos vendidos são ebooks – enquanto a quantidade de impressos vem subindo de maneira considerável. Para falar a verdade, em todo o mundo, a quantidade de livros impressos sob demanda cresce a um ritmo substancialmente maior do que a de ebooks (algo que chega a ser chocante).
Olhar para esses dados e deduzir então que o impresso será sempre dominante também não nos parece ser a melhor maneira de “prever o futuro”. Em realidade, o que observamos é que:
a) O usuário gosta de ler – e escolhe a mídia (impressa ou digital) de acordo com a sua conveniência momentânea. Se ele estiver indo para a praia, viajar ou mesmo se estiver interessado em um romance que possa carregar consigo para ler no metrô, em parques ou praças, provavelmente preferirá o impresso. Os motivos vão de segurança a praticidade, características que não podem ser desconsideradas jamais.
b) Livros técnicos ou didáticos necessitam de um tipo diferente de leitura. Nesses casos, estudantes precisam de recursos que vão além de um índice e textos bem concebidos (algo que costuma bastar para romances ou poesia). Para um livro de direito ou de medicina, por exemplo, poder contar com uma funcionalidade de busca é bem relevante. Poder também carregar 100 ou 200 livros de consulta em um único iPad ou tablet, além disso, costuma também ser BEM mais prático (além de saudável, uma vez que quilos e mais quilos de livros na mochila certamente acabarão fazendo mal à coluna). Isso sem falar na possibilidade de se explorar mais recursos como infográficos ou vídeos interativos – importantes quando o objetivo é comprovar alguma teoria de forma mais visual.
Qual a conclusão, então, que se pode tirar? A de que, ao menos por muito tempo, os dois formatos conviverão bem – e que os seus mercados serão determinados principalmente pelos tipos de literatura.
Voltando ao Clube: sabe os 6% de ebooks vendidos? Pois bem: deles mais de 90% são de livros técnicos ou didáticos.
O site americano OnlineEducation.net criou um infográfico bem prático e embasado para mostrar como esse mercado de “técnicos e didáticos” deve se comportar no futuro. Para autores desse gênero, vale a pena conferir abaixo!
E para autores de todos os gêneros, continua valendo a máxima de que quem tem que escolher o formato de leitura é o leitor. Na medida do possível, deixe o seu livro disponível tanto de forma impressa quanto digital. Mal isso certamente não fará ;-)
Via: OnlineEducation.net
É uma notícia muito importante, esta veiculada na matéria acima; visto que se isto vier a ocorrer no futuro, a extinção dos livros impressos; será uma grande frustação para um grande número de escritores anônimos que sonham em ter os seus livros editados e teriam este desejo frustado por não terem tido a oportunidade de ver os seus escritos impressos nas estantes das livrarias por conta de uma burocracia que dificultou ao extremo a edição dos seus projetos. Acho que deveriam criar mais oportunidades para os escritores iniciantes. Esta na hora de haver uma abertura para o novos editores, cuja maioria não aspira o retorno financeiro, mas, sim a sua obra publicada. Exemplo disto sito o caso de um amigo que gastou 12.000 reais para editar um livro, por sinal muito bom, mas, ainda desconhecido pelos leitores. Ele o promove corpo a corpo. Vejo isto com um grande descaso e depreciação do escritor iniciante. Quem sabe esta postura medícre das editoras mude, antes que seja tarde!
Prezados,
Gostaria de saber se há alguma previsão de publicações pelo Clube de Autores para as plataformas e-book. Publicação digita como arquivo PDF é passado e cria problemas para garantir DRM. Nos e-books (Android e Apple) há um pagamento pequeno mas em grande volume, este é o futuro e o assunto tratado no artigo em anexo. Olhem que os e-books citados são em leitores digitais.
Prof. Palazzo
José, a nossa plataforma já está no ar e não aceita apenas PDF. Se o autor preferir, ele pode também subir em ePub, que é o formato considerado como “padrão” para ebook. Só não devemos mesmo trabalhar com DRM, pois isso costuma gerar mais problemas do que solução – tanto que mesmo empresas como a Apple acabaram abrindo mão. É um tipo de tecnologia que, ao resolver um problema, cria outros vários – incluindo aí infrações ao código de defesa do consumidor.
Só queria adicionar um comentário a este artigo, que eu comprei um e-book no Clube dos Autores, mas com a intenção de imprimí-lo em casa, porque ficava mais barato, e foi o que fiz.
Então mesmo sendo apenas 6% de e-book vendidos, creio que uma boa parte deles ainda foi impressa posteriormente.