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Glossários em livros: quando criar um?

Engana-se quem pensa que um livro é composto apenas de histórias. Fotografias, mapas, ilustrações, glossários, referências bibliografias, spoilers de obras sequenciais… tudo isso pode ser adicionado no arquivo final de uma obra, sabia?

Neste post, falaremos especificamente sobre os “dicionários” e como eles podem ser utilizados como complemento literário.

Mas, primeiramente, cabem algumas explicações:

O que são glossários?

Um dicionário da língua portuguesa é um acervo com a definição de todas as palavras nativas (ou herdadas). Para saber o significado de algo, basta fazer uma busca em ordem alfabética.

os glossários são versões simplificadas dos dicionários. Normalmente são utilizados para definir termos relevantes para determinado público-alvo. Por exemplo: um glossário do Direito pode conter apenas as expressões utilizadas por advogados e que confundem pessoas leigas. Essas expressões podem ser brasileiras ou não.

Como glossários podem ser utilizados em livros?

Histórias fantasiosas que incluem itens nunca vistos fora deste universo, livros técnicos com expressões complexas, narrativas muito longas e com muitos detalhes… o ponto comum entre esse tipo de conteúdo é justamente a necessidade de facilitar o entendimento do leitor durante a leitura (ou depois dela!).

E se temos um recurso são prático quanto um glossário, por que não utilizá-lo? Mas tome cuidado: todo elemento extra precisa ser inserido de forma cuidadosa e bem planejada, ainda que não interfira na história. Por isso, separamos algumas dicas para ajudá-lo nesta missão:

  • Você precisa realmente de um glossário? Esse é o ponto de partida fundamental. Se sua história for facilmente compreendida e não incluir termos com definições desconhecidas, abra mão deste recurso. Além do trabalho extra para conceituar e diagramar as páginas, o glossário será completamente desprezado pelo leitor.
  • Utilize definições breves: nada de se alongar muito nas explicações. Vá direto ao ponto com frases curtas e simplificadas.
  • Que tal anunciar seu glossário logo nas primeiras páginas? Eles funcionam muito melhor no final do livro, mas uma notinha de aviso no começo não faz mal algum. Aliás, muitos leitores não olham as últimas páginas antes de começar a ler e, portanto, podem encontrar o glossário somente depois da finalizarem a leitura – e aí esse recurso perde toda a utilidade, né?
  • Ordem alfabética é indispensável! Organizar as palavras pelas letras iniciais é um jeito super prático e já conhecido pelos leitores.

E aí, gostou das dicas?
Conheça outros recursos textuais muito utilizados em livros:

O que é prefácio?
O que é posfácio?
O que é prólogo?

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glossário
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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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