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A importância dos feedbacks antes da publicação de um livro

Exceto caso seu livro seja um diário pessoal que será descoberto pela geração futura depois que você já tiver partido deste mundo, ou que você realmente não se importe em agradar — e esteja escrevendo por puro prazer —, compartilhar sua história e pedir feedbacks é fundamental.

Muitas vezes, o escritor está tão imerso no universo que criou que não percebe detalhes soltos, viradas muito bruscas ou falta de conexão entre as personagens. É mais ou menos como escrever um longo texto para um trabalho da faculdade, revisá-lo dez vezes e entregá-lo com a segurança de que estava perfeito, mas recebê-lo de volta cheio de círculos vermelhos com erros gramaticais que até uma criança de dez anos evitaria.

Às vezes, coisas que passam despercebidas aos nossos olhos podem ser facilmente identificadas por outras pessoas. E isso nem sempre é ruim.

Procure por feedbacks de pessoas que você confia e que serão sinceras em criticar sua obra. Escute com atenção e utilize as críticas como uma forma de aprimorar seu texto. Não desista com facilidade de algo que você acredita, mas não confie cegamente na sua opinião.

Como lidar com feedbacks negativos?

Depois de testar a sua história uma, duas ou três vezes e receber olhares mais reprovadores, é comum que o escritor busque refúgio ou alívio no pensamento de que seu texto está perfeito, mas além do alcance das pessoas. Esqueça isso.

Claro: nem todo livro funcionará para todo mundo, mas se você escolheu bem os “críticos” para quem contou ou mostrou a sua tese, então confie nas opiniões que ouvir. Em última instância, force-se a acreditar que não existem gênios incompreendidos: existem escritores que não conseguiram concatenar suas ideias direito.

Quanto mais você colocar a culpa nos outros, afinal, menos conseguirá mudar para evoluir. Tenha a mente aberta e encare feedbacks como parte do processo criativo, sejam bons ou ruins!

Dicas para tirar melhor proveito de feedbacks antes da publicação:

  • Escolha críticos familiarizados com o universo literário. Se seus melhores amigos não têm o hábito da leitura, talvez seja interessante procurar leitores mais apaixonados – eles terão um repertório maior de referências para comparar.
  • Se sua intenção é publicar o livro, não disponibilize o conteúdo na internet. Ninguém quer ser alvo de plágio antes mesmo de lançar a obra oficialmente para o mundo, né?
  • Seja crítico com as críticas. Pessoas muito próximas poderão dar feedbacks muito positivos simplesmente para ganhar pontos com você. Faça perguntas como “o que você mais gostou?” e “o que menos gostou?”.

Por que autores não costumam avaliar textos que ainda não foram publicados?

Todo mundo tem um autor favorito e, muitas vezes, ele é acessível em redes sociais ou via e-mail. A maioria desses profissionais não gosta de avaliar o conteúdo de terceiros antes da publicação, para evitar julgamentos futuros como “você copiou minha ideia” ou “seu último livro foi inspirado em um texto meu”. Plágio é uma coisa séria, por isso não insista e pense com cuidado ao aceitar criticar um livro de outra pessoa.

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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