Na sexta passada eu fiz aqui um post, digamos, meio pessimista quanto ao estado em que nos encontramos enquanto país e sociedade. E, verdade seja dita, fica difícil escrever otimismos dado o cenário em que vivemos.
Por outro lado, há sempre um lado extremamente positivo sobre a História: ela é infinita. Se nosso presente tem sido marcado por tropeços e escândalos do passado, temos também a chance de escrever um futuro muito, muito diferente desses tempos em que vivemos.
Como?
Fazendo o que mais amamos: escrevendo.
Porque futuros não são feitos do livre-arbítrio desconectato de quem quer que seja que apareça do nada no cenário nacional. Futuros são criados a partir de desejos de manutenção ou mudança de realidades, de visões e percepções generalizados dos povos que compõem uma determinada sociedade.
E quem registra esses cenários, essas realidades?
Nós, escritores.
Somos nós que, coletivamente, pintamos o retrato perfeito da nossa sociedade por meio de enredos, personagens e tramas que se encaixam nos mundos em que vivemos.
Somos nós que damos emoção, carne e osso aos sempre frios fatos e estatísticas.
Somos nós que formamos a época em que vivemos.
E essa é, pois, a mais importante das contribuições que podemos fazer ao nosso país e ao nosso mundo: escrever.
E publicar.
E fazer o máximo possível de leitores entender que estão lendo uma versão pluridimensional das suas próprias vidas.