Crescimento de e-books contraria previsões e desacelera

Há alguns anos, não faltava quem condenasse os livros impressos à morte, substituídos de forma quase instantânea por livros eletrônicos. Em 2008, se encontrava previsões de que o mercado digital seria absolutamente preponderante em um espaço de 5 anos (portanto, até o ano passado).

Não foi o que aconteceu. Nos mercados mais agressivos, aliás, ebooks ainda não chegaram a 25% das vendas. No Brasil, representa apenas 1,6%.

Segundo esta matéria da Exame, aliás, a venda de e-books está perdendo fôlego de maneira tão ágil quanto o seu crescimento inicial:

Depois de um início espetacular, o crescimento da venda de e-books nos Estados Unidos, mercado considerado um laboratório das experiências digitais, perdeu fôlego. De acordo com a consultoria PricewaterhouseCoopers, as vendas de e-books devem crescer 36% em 2013, mas apenas 9% em 2017 — embora sobre uma base obviamente maior.

“Não há mais fôlego para o e-book crescer como antes”, diz o consultor Mike Shatzkin, um dos maiores especialistas em mercado editorial digital. Não é que o consumidor vá perder o interesse, pelo contrário.

Em 2017, a estimativa feita pelo consultor é que apenas 2 em 10 livros serão eletrônicos em 2017.

E que lição podemos tirar daqui? Que, independentemente de qualquer coisa, o conteúdo sempre importará mais do que a forma.

Há situações em que e-books fazem muito sentido – mas outras em que o livro impresso é simplesmente mais prático, desenhando realidades que vão além de hábitos culturais e chegam na sempre buscada facilidade. Ou seja: o que fizer mais sentido sempre ganhará. E livros impressos, dependendo da situação ou do local, fazem muito sentido.

Para escritores, fica uma dica importante: disponibilize o seu livro em todos os formatos e deixe o leitor escolher. Afinal, vendas dificilmente decolarão caso se opte por uma estratégia de restrição.

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

13 comentários em “Crescimento de e-books contraria previsões e desacelera

  1. Como alguém falou nos comentários, o mercado editorial esquece (ou não menciona) os downloads ilegais, o que o mercado do cinema, das séries e da música questiona há tempos. Eles estão tentando se encontrar nessa nova situação, mas o mercado editorial finge que não vê. Além disso, os livros digitais ainda são muito caros em relação aos de papel e cada e-reader aceita um formato, o que acaba complicando a vida. Mas concordo com alguns posts que li no blog hoje, essa distinção entre “livro de papel” e “livro digital” é de uma bobagem sem tamanho. Livro é livro.

  2. Quero notícia sobre a venda de meu livro “Entre Dedos”! Não estou entendendo nada do que está acontecendo entre mim e a Editora Clube de Autores! Expliquem-me, por favor! Obrigada,

    1. Helena, por favor envie todas as dúvidas individuais diretamente para atendimento@clubedeautores.com.br . Todos os emails são respondidos por lá no mesmo dia, mas não temos como dar atendimento aqui no blog. De toda forma, todas as vendas de todos os livros estão sempre no site, bastando que acesse a Sua Conta e clique na opção Minhas vendas/ direitos autorais.

  3. A ideia do e-book é muito boa, mas às vezes alguém adquire um exemplar apenas para disponibilizá-lo gratuitamente em algum site de download sem autorização do autor. Para completar a infidelidade há pessoas que se dizem crentes e andam vasculhando a internet em busca destes livros. O livro físico não dá margem para esse tipo de pirataria.

  4. Também sou defensor incondicional do livro impresso! Mas, na minha opinião, a venda on line deste formato é tremendamente prejudicada pelos custos altos dos fretes que o comprador paga. O preço do livro apenas já é elevado, mais o valor do frete, torna-se, assim, inviável a aquisição por grande parte daqueles que demandam este formato de livro.

  5. Quero saber como está a venda de meu livro “Entre Dedos” e sobre a edição e publicação do mesmo. Não estou conseguindo me comunicar com a Editora!! Falem-me algo de objetivo, por favor!!! Obrigada.Helena Mafra.

  6. O melhor é escrever e escrever…Sempre procurar a perfeição nas histórias e quanto mais qualidade em todos os sentidos, sempre despertará o interesse dos leitores. E nunca se esquecer que vender é consequência do que se faz e como faz. Devemos como autor, também nos colocámos como vendedor, devemos expandir nosso poder de persuasão, acho que todos tem, mas não os colocam em prática. Devemos espalhar para os amigos, e não se envergonhar, pois realizar um trabalho intelectual não é como fazer algo todos os dias, como rotina diária. O trabalho do autor, não se limita em somente escrever boas ideias, e sim buscar o publico para apreciá-las. Façam como eu, busquem o público, não esperem que eles venham até a sua obra. Lembre-se que as grandes editoras trabalham para os grandes escritores, então elas fazem o boca a boca. Nós fazemos o nosso, assim como o clube faz a dela, nos permitindo sonhar…Seja impresso ou e-book, o importante é todos saímos vencedores. Divulguem…Vendam…Trabalhem a sua persuasão e acima de tudo coloquem seus amigos nas suas ideias.

  7. Eu sou uma perpétua defensora do LIVRO IMPRESSO!!!!!!!!!!!!!!
    E-book pode ter certa praticidade mas jamais chegará aos pés do livro impresso.

    1. Obrigado Suzane.
      A editora Clube de Autores está melhorando muito e creio que uma hora vai baixar os preços.

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