Não se discute mais, em nossos dias, as vantagens da publicação independente. Hoje, de maneira gratuita, todo autor tem à sua disposição a possibilidade de publicar seu livro em formatos impresso e digital e de distribuí-lo nas principais livrarias e marketplaces do mundo. Eu iria até além: a rede de distribuição que o Clube disponibiliza para os autores é maior do que qualquer rede de distribuição tradicional, englobando até – como você pode conferir no episódio 81 do Pensática Podcast – livrarias físicas.
Mas isso não invalida, obviamente, o trabalho de uma editora.
Editoras tem papéis importantes em nosso segmento, incluindo a atuação como uma espécie de selo de qualidade, na falta de um termo melhor. Explico-me: quando uma editora tem um estilo de curadoria marcante, claro, e com conexão criada junto a um determinado perfil de leitor, este mesmo perfil tende a comprar livros dela por confiar que serão alinhados aos seus gostos pessoais.
As editoras que mais tem crescido hoje – editoras e livrarias, aliás – são as que conseguem sair do generalismo e marcarem-se perante o público leitor como sinônimo de algum tema, de algum estilo, de alguma forma literária qualquer.
E reforço a questão da curadoria aqui porque, pouco a pouco, muitos dos serviços editoriais tradicionais estão deixando de ser dominados por editoras de qualquer porte e passando tanto para as mãos de freelancers quanto para as de algoritmos de inteligência artificial. Quer um exemplo? Ouça o episódio 63 do Pensática, sobre a Trya, plataforma que viabiliza imagens de capa incríveis feitas a partir de IA.
O nosso foco hoje será justamente neste caminho independente.
Porque não basta ter ferramentas à sua disposição, seja para aprimorar seu produto final ou para publicá-lo e distribuí-lo.
É preciso saber fazer um livro.
E saber fazer um livro vai muito além de – embora também, obviamente, inclua – escrevê-lo. É preciso saber como planejá-lo enquanto projeto. Como estruturá-lo enquanto produto. Quanto e em que investir. Como calcular o seu retorno. Como coordenar a relação com os clientes. Quando vestir o chapéu de escritor e o de empreendedor.
Não são tarefas fáceis: escrever é, hoje, a profissão mais tridimensional que pode existir. Porque o autor cria todo um mundo nas folhas em branco à sua frente – mas, para colocá-lo em órbita, precisa ser também um estrategista de mercado, um financista, um matemático, um especialista em dados, um doutor em relacionamento com o consumidor.
Nada simples. Mas nada impossível – e temos caso atrás de caso publicado aqui no Clube que comprovam isso.
Pois bem: hoje falaremos com um consultor editorial com vasta experiência de mercado, que tem atuado junto a autores independentes, mostrando a eles os rumos que devem seguir para terem sucesso em suas empreitadas literárias.
Nosso convidado de hoje
Márcio Coelho é – obviamente – apaixonado por livros e pelo trabalho imerso nas letras.
Foi gestor de produtos de uma empresa do ramo que atingiu R$ 14,5 milhões em faturamento – um crescimento de 73% – sob sua tutela.
Criou uma empresa que, com pouco mais de 1 ano e meio de vida, foi comprada por um grande grupo do mesmo segmento, devido ao nicho de mercado que ocupou.
Com experiência em gestão e operações, foi gestor na TAG, Saraiva, Ediouro, HSM e Almedina, quando trabalhou em Portugal por breve período.
Foi Editor de Aquisições na Alta Books, professor de MBA e cursos livres da Casa Educação e colunista do Publishnews.
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Os episódios do Pensática Podcast são disponibilizados semanalmente, toda segunda-feira, às 9 da manhã. Para saber mais, acesse a página do podcast com a relação de todos os episódios!