Se todos os empreendedores do mercado editorial brasileiro dessem ouvidos aos sempre depressivos aforismos disparados como verdades absolutas, dificilmente teríamos qualquer sopro de inovação vindo da literatura.
“O brasileiro não lê”; “livro é caro”; “viver de livro é impossível”; “não há futuro na cultura”…. essas são algumas das frases escarradas a torto e a direita sem que ninguém se ao trabalho de avaliar a taxa de leitura do brasileiro – que, hoje, é quase o dobro da média da América Latina – ou mesmo preços médios de livros – que, mais baratos que uma pizza, ficam também na média dos países vizinhos e muito, muito abaixo do praticado em países como Portugal, Espanha, França ou Alemanha.
Já fizemos, tanto aqui no Clube de Autores quanto no próprio Pensática Podcast, inúmeros comentários e relatos e depoimentos sobre esse assunto e não é nele que quero me alongar hoje.
Quero pegar uma tangente, uma saída que me leva a outro assunto correlato que abre uma história fenomenal.
O crescimento nos números de leitores brasileiros
Começo fazendo um pedido a você, ouvinte. Se estiver na rua, olhe à sua volta. Perceba a quantidade de pessoas lendo algum livro qualquer, seja no celular, em um e-reader ou em forma física. O volume de leitores é, hoje, imensamente maior do que nas décadas passadas – principalmente entre os mais jovens. Esse hábito se reflete em todo um renascimento do mercado editorial: se se lê mais, escreve-se mais – mais de uma década à frente do Clube de Autores já me provaram que é sobretudo o hábito de leitura que forma o escritor.
Se se lê mais, abre-se mais os horizontes, abraça-se mais a diversidade, cresce-se individual e coletivamente a partir de uma sede de conhecimento que inevitavelmente leva à inquietude por mudanças, por inovações, por revoluções. O livro é a pedra fundamental de toda e qualquer mudança.
Mas como fazer em tempos com tanta oferta, com tantos livros abrindo aos leitores tantas opções? Como nadar por entre tantas histórias maravilhosas e pescar aquelas que mais falem ao nosso coração?
Se a quantidade de livros é uma bênção dos nossos tempos, simbolizando a democratização editorial como em nenhuma outra época da nossa história, a curadoria se transformou em uma espécie de guia para leitores ávidos por conhecimento.
E aqui entra o papel dos clube de leitura e assinatura de livros, pauta do nosso podcast.
Conheça o nosso convidado: Gustavo Lembert, CEO da TAG Livros
Fundada por três jovens, incluindo nosso convidado, Gustavo Lembert, fundador e CEO da TAG Livros, em 2013, a ideia surgiu enquanto eles estavam reunidos em uma biblioteca pública e discutiam o surgimento de vários clubes de assinatura. Foi nesse momento que tiveram a seguinte conclusão: e se criássemos um clube de assinatura de livros?
No ano seguinte, enviaram a primeira remessa de kits. O primeiro título escolhido foi “O Físico“, de Noah Gordon, indicado pelo filósofo Mario Sergio Cortella. Essa primeira remessa foi enviada para cerca de 65 associados.
Atualmente, a TAG possui mais de 35mil assinantes, combinados nas três vertentes: TAG Curadoria, TAG Inéditos e GROW. Além dos planos de assinatura, a TAG oferece, gratuitamente, o aplicativo Cabeceira, servindo como um assistente virtual de leitura.
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