Já adianto que o assunto de hoje será polêmico. Explico-me.
Cada vez que uma grande ruptura, uma grande disrupção eclode na nossa sociedade, seus efeitos sísmicos costumam ser muito pouco suaves. Revoluções, afinal, nunca são calmas: elas sempre suscitam, com ira de igual força, contra-revoluções, movimentos de resistência e coisas do gênero.
A inteligência artificial – embora não seja exatamente algo novo – vestiu-se de revolução no instante em que o ChatGPT se popularizou em meados de 2022. Na esteira das mudanças previstas em absolutamente todos os setores, profissionais dos mais diversos postos e das mais variadas indústrias começaram a debater as fundamentais questões éticas relacionadas, algo natural quando se está falando de entidades – ainda que não orgânicas – capazes de processar informação, pensamento e dedução em uma fração de segundos.
Debates e impactos da inteligência artificial
Se é verdade que o poder está sempre com quem mais carrega o conhecimento, como será um mundo em que um ser à parte da nossa espécie, feito de bits e bytes, detém esse conhecimento de maneira tão avassaladoramente maior?
Mas a verdadeira questão aqui vai além disso. Lutar contra essa nova era é algo que sequer faz sentido? Para além de nadar contra a maré, capitanear cruzadas contra a inteligência artificial – algo que muitos autores e editores têm feito, inclusive – não seria tão suicida como nadar contra uma tsunami de proporções inéditas?
Não seria mais fácil entender as mudanças, os benefícios e desafios carregados pela normalização da inteligência artificial em nossa sociedade, e buscar aproveitar o que ela tem a oferecer para uma espécie de crescimento mútuo onde todos teremos a ganhar?
Sim: é inegável que muito do que todos nós fazemos, das nossas próprias funções, será alterado dramaticamente. É provável que muitas das nossas profissões, inclusive, deixem de existir, sejam extintas da noite para o dia. Mas é também igualmente provável que novas funções e profissões e carreiras inteiras até então impensáveis surjam, também da noite para o dia, com oportunidades inimagináveis para todos os que tiverem a disposição de agarrá-las.
Afinal, se as pessoas não conseguem – e dificilmente conseguirão – competir com a eficiência da alta tecnologia e da sua embasbacante velocidade de processamento, essa mesma alta tecnologia também não consegue competir com a capacidade de adaptação, de improviso, de mudança de rota típica da nossa espécie desde que balbuciamos nossa primeira palavra.
Nosso convidado: Fhabyo Matesick
Toda essa introdução nos traz ao convidado de hoje, responsável por um exemplo prático de inteligência artificial agindo a favor da indústria criativa: Fhabyo Matesick, sócio e CEO para a Europa da ActionLabs.
Empreendedor e profissional de publicidade com mais de 20 anos de experiência no Brasil e na Europa, combinando experiência gerencial com espírito empreendedor, Fhabyo foi co-fundador de sete empresas, incluindo uma das 10 principais agências de publicidade no sul do Brasil, bem como startups como Moments.surf, alcançando mais de 70 países, e Digiclowd, trabalhando com clientes como Samsung, Oi, HSM, entre outros. Assumiu funções como redator, diretor criativo, Diretor de Estratégia, CMO, VP de Marketing e CEO, liderando e orientando equipes multidisciplinares e diversas em mais de 300 projetos para empresas de todos os tamanhos, incluindo gigantes como Vodafone, Renault, Fiat, Cruz Vermelha Americana, Volvo e muito mais.
Participou de dois programas de aceleração de startups e apresentou com sucesso aos investidores em eventos renomados, incluindo SXSW (EUA), WebSummit (PT), Los Angeles (EUA) e NY (EUA). É membro da Brazil Innovators desde 2017, com sólida experiência acadêmica, tendo concluído Strategic Branding na London Business School em Londres, Liderando a Transformação Digital na Nova School of Business & Economics em Lisboa e Estudos de Cinema na Universidade da Califórnia em Santa Barbara, EUA.
Atualmente, como parceiro da ActionLabs, lidera as operações da ActionLabs Europe, trabalhando com empreendedores, fundadores, investidores, grandes empresas e fundos de investimento na criação rápida de produtos e serviços digitais.
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