O Clube de Autores, hoje, tem um total de 150 diferentes opções de publicação de impressos (considerando tamanho, coloração, tipo e gramatura de papel e encadernação); dois diferentes formatos de publicação de ebooks; distribuição em mais de uma dezena de diferentes livrarias e marketplaces; um estúdio de publicação e personalização com alocação de ISBN integrada à Câmara Brasileira do Livro; um espaço exclusivo para editoras; uma loja exclusiva para autores; um clube de assinatura para escritores, o BOLO; um canal de venda de serviços editoriais dos mais variados tipos; e um volume imenso de utilidades que vão de um painel com inteligência artificial a um podcast e um blog com conteúdo útil para autores de todos os perfis.
Não é pouca coisa e produzir tudo isso foi fruto de um volume intenso de trabalho seguindo todos os métodos que já descrevi nos posts anteriores. E, naturalmente, esse volume de mais de 75 mil livros publicados é fruto de todo esse suor e esforço derramado pelo nosso time ao longo desses últimos 13 (!) anos.
Mas seria ingênuo (e até mesmo contrário à nossa própria metodologia) empacotar tudo isso e lançar de uma vez só em Portugal e na Europa. Por que?
Porque há um volume de serviços que precisam ainda ser negociados com fornecedores locais. Porque não faz sentido iniciar a operação gráfica já oferecendo todos os formatos e tamanhos (inclusive porque não temos como assegurar que a demanda europeia seja exatamente igual à brasileira). Porque ainda há acordos a serem firmados (até mesmo com empresas que nem sequer conhecemos). Porque as culturas dos países são diferentes ao ponto de demandarem uma delicadeza maior que apenas repetir a mesma oferta do Brasil. Porque a legislação exige cuidados que, senão maiores, são certamente diferentes.
E porque, em suma, estamos apenas nascendo em um novo continente – e não se nasce adulto em lugar nenhum do mundo.
O Clube de Autores Portugal, portanto, começará enxuto. Não sei dizer ainda que formatos disponibilizaremos ou com quem estaremos integrados – mas sei que a nossa primeira base internacionalizada serão quase tão pequena quanto como foi aqui no Brasil. Quase, claro – porque coisas como o estúdio de publicação são evoluções que certamente ajudarão bastante e conquistar novos autores e leitores.
Teremos, portanto, a estrutura de publicação com alguns formatos e a oferta de impressos e ebooks. Teremos a integração com todos os canais com os quais já estamos integrados (e possivelmente alguns novos). Teremos – ao menos para Portugal – todo o conteúdo já disponível para o Brasil (com um ganho adicional uma vez que passaremos a compartilhar conteúdo de conexões feitas nos dois continentes, como já fizemos no podcast). E é isso.
A partir daqui, cresceremos com base na detecção de demanda. Profissionais do Livro, clube de assinatura, loja, novos formatos e modelos, novas integrações – tudo isso e muito mais será inserido em nossa plataforma europeia no futuro (próximo).
E os livros já publicados?
Obviamente que todos os livros ficarão disponíveis para todos os leitores europeus – não faria sentido algum fazer diferente por dois motivos:
- Compartilhamos um idioma que, embora sutilmente diferente entre os países, tem a mesma essência.
- Ainda que não estivéssemos falando sobre leitores portugueses interessados em autores brasileiros, não podemos nos esquecer que o Clube europeu abrirá portas para leitores brasileiros espalhados por todos os países da Europa.
E isso, essa “transnacionalidade”, abre uma outra questão que já cheguei a comentar em um dos primeiros posts: devemos estruturar a plataforma e o plano de expansão por país ou por idioma?
A ser continuado na próxima terça-feira
Acompanhe a jornada do Clube de Autores para novos mercados, em tempo real, neste link: www.clubedeautores.com.br/jornada