O mercado de audiolivro – que já existe a décadas – vem experimentando um boom como nunca antes em todo o mundo.
Em 2020, de acordo com a Audio Publisher Association, o formato apresentou um aumento de 12% nas vendas, o nono ano consecutivo com um aumento de dois dígitos em porcentagem. A previsão da associação é que até 2027, o segmento seja uma indústria de mais de 19 bilhões de dólares.
Uma pesquisa da Nielsen em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros – SNEL – revelou que, de janeiro a junho de 2021, as vendas no formato chegaram a R$ 729 milhões – um crescimento de estrondosos 46% em relação ao mesmo período do ano anterior.
É uma excelente notícia para o mercado editorial, claro: quanto mais pessoas lerem, mais ele (e a cultura como um todo) se expande.
Mas e para o autor independente?
Publicar um audiolivro, afinal, não costuma ser uma tarefa muito barata ou acessível. Ele precisa ter uma qualidade narrativa excelente para não afastar o leitor-ouvinte – algo que dificilmente se consegue gerar de forma caseira. E qualidade de áudio custa dinheiro, pois pode incluir desde a contratação de um narrador profissional até a locação de um estúdio de som para garantir um resultado profissional.Em termos financeiros, estamos falando de um investimento de R$ 5 a R$ 15 mil, montantes que dificilmente funcionam para quem está publicando seu livro às suas próprias expensas.
E então? O que fazer? Autores independentes ficarão de fora disso que podemos chamar de revolução do audiolivro?
Não se depender de Rui Vasconcelos, fundador da start-up Radiobooks.
Tendo-se graduado em Engenharia de Sistemas, Rui Vasconcelos começou a sua carreira na área da robótica onde publicou na 2a maior conferência de robótica do mundo (IROS 2017 Vancouver), foi premiado pela SPR com “melhor tese de mestrado portuguesa em robótica 2016”, e contribuiu para o desenvolvimento de um robô para a indústria farmaceutica na Suíça.
Em 2018, lançou uma startup de deep learning tendo participado de um programa de aceleração em Silicon Valley.
Em 2019, liderou o crescimento e renovação de produto numa startup portuguesa de inteligência artificial aplicada à automação de marketing, em parceria com a Google. Em simultâneo, co-liderou um programa de aceleração de start-ups em Lisboa, Portugal.
Em 2020/21 junta-se à Canonical, empresa por detrás do sistema operativo Ubuntu (o linux mais utilizado no mundo), liderando a àrea de IA, e trabalhando diretamente com o fundador. Neste âmbito, torna-se também co-líder do projecto open source “Kubeflow”, onde colabora com Intel, IBM, Google, Amazon, Microsoft, entre outras empresas, com foco em documentação e usabilidade.
Em 2021, lança a Radiobooks.io, com a missão de utilizar Inteligência Artificial para reduzir o custo e tempo de produção de audiolivros, acelerando a chegada dos mesmos a diversos mercados.
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