Autora tira a roupa para protestar contra pirataria em livraria paulista

Que a pirataria existe em todo mercado criativo – incluindo o autoral – isso é indiscutível. Mesmo antes do ebook, pequenas papelarias por todo o país vendiam os serviços de fotocópia, por exemplo, para estudantes que não queriam (ou podiam) investir na compra de volumes e mais volumes de livros.

Há quem alegue que a prática é simplesmente parte do mercado e que se, por um lado, ela gera a perda de compradores, por outro, acaba divulgando a obra ao ponto de conquistar inúmeros outros. Não há números que comprovem essa tese, ma o fato é que a discussão é no mínimo longa e a reflexão, necessária.

E, como gerar discussão já é um passo importante para se transformar realidades, vale conferir o (inusitado) protesto de uma autora em uma livraria paulistana no último dia 12 de agosto:

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De quebra, percebam também que a autora conseguiu usar a audiência conquistada pelo protesto para divulgar o seu próprio livro ;-)

 

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

6 comentários em “Autora tira a roupa para protestar contra pirataria em livraria paulista

  1. A indignação… Ela provoca muito! E a liberdade de expressão? Ela é saudável!
    Se houve atentado ao pudor, que a justiça cuide disso. Agora, pirataria, tem dó!
    O autor sofre desde o momento de criação, sem falar nos percalços para a publicação e depois vê sua obra sendo surrupiada.
    Sei que os piratas estão em todos os lugares, até onde não se espera.
    Estou indignado. Não pela nudez, é claro!, mas pela atitude de desrespeito com relação à autora.

  2. É uma pena ver o preconceito entre pessoas que circulam no Clube de Autores. O que eu vi foi um protesto justo contra o que acontece no nosso país. A falta de incentivo do governo à educaçao, à leitura e aos novos autores brasileiros é evidente. Nós, autores, mais do que ninguém sofremos isso na pele. Talvez ela tenha escolhido uma forma mais chocante de protesto, mas, como ela mesma disse, dessa forma conseguiu realmente chamar a atenção, caso contrário não estaríamos aqui debatendo essa questão. Nos quase dezoito minutos de vídeo ouvi a escritora falar mais sobre sua indignação a respeito da pirataria do que em sua própria obra. Não tenho dúvida de que ela também quis promover seus livros, mas o protesto foi feito e é digno de nota.

    1. Rosane, é como colocamos para o Leonidas: todos temos o direito de discordar da forma – mas todos temos também o direito de protestar. É uma das belezas da liberdade de expressão – a mesma bandeira que permite que escrevamos sobre o que desejarmos sempre!

  3. Concordo. Ela realmente quis aparecer. Tem muitas editoras faturando alto e dão quase nada para os autores, ganhando muito mal os 10%, isso quando recebem. Não apoio a pirataria, mas acho ela um mal necessário, num mercado, onde os preços das obras intelectuais e criativas, estão lá nas alturas, impossibilitando da grande parte da população ter acesso a elas. E alas normalmente recorrem a pirataria. Tirar roupa não vai resolver o problema. É preciso mudar o sistema, começando pelo governo. Claro que aquilo que a cidadã fez, foi só uma jogada de marketing, pra aparecer.

  4. Umazinha querendo aparecer, um protesto indigno para quem quer representar uma classe das letras. Tirar a roupa é coisa de vadia. E, a mesma falando nem tem domínio da nossa lingua. Manda ver num puteiro.

    1. Leônidas, acreditamos que todos tem o direito de protestar como desejarem – e que também todos tem o direito de discordar. Mas isso não significa que a “protestante” seja uma “vadia”, como coloca…

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