Escrever um livro vai além da própria história. Existem os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. A história em si, com sua introdução, desenvolvimento e conclusão, compõe os elementos textuais, sendo a parte central do livro. Geralmente é a parte que mais gostamos de criar, pois é quando aplicamos todo o nosso conhecimento e criatividade.
Os elementos textuais também são os mais apreciados pelos leitores por representarem o “recheio do bolo”, a parte principal da obra. No entanto, devemos prestar atenção aos elementos pré e pós-textuais, pois fornecem informações importantes sobre o autor e a obra.
No texto de hoje, abordaremos dois dos vários elementos pré-textuais que costumam gerar dúvidas entre os escritores: o prefácio e o prólogo. Se você é um escritor que deseja criar histórias incríveis, continue lendo este texto.
Prefácio: o que é, características e como escrever
A palavra “prefácio” vem do latim: prae (antes) e fatio (dizer), ou seja, literalmente algo que deve ser dito antes. O prefácio tem a função de fornecer ao leitor uma contextualização sobre o autor ou a obra. Ao contrário do prólogo, o prefácio não é parte integrante da história e não afeta o entendimento da trama principal.
Um prefácio pode ser um relato do autor sobre os desafios enfrentados durante a escrita do livro, ou até mesmo um texto escrito por outra pessoa, desde que tenha sentido e relevância para estar ali.
Escrever o próprio prefácio é uma oportunidade de se conectar com o leitor, pois pode ser escrito na primeira pessoa, o que pode cativar ainda mais o leitor. No entanto, também pode ser interessante para o autor ter prefácios escritos por outras pessoas. É comum que autores independentes procurem outros colegas escritores para escrever o prefácio de seu livro, para obter um endosso, adquirir autoridade e estabelecer conexões literárias.
Para que serve o prefácio?
O prefácio desempenha várias funções importantes em um livro. Vejamos algumas delas:
- Apresentação do autor: especialmente relevante para novos autores que buscam conquistar e fidelizar leitores. Nesse caso, é sugerido solicitar a um autor mais experiente que endosse o livro.
- Introdução à obra: o prefácio deve fornecer ao leitor uma ideia do propósito da obra, servindo como a porta de entrada para a história.
- Contextualização da escrita: é uma forma de preparar o leitor para o que esperar do livro, abordando o estilo de escrita e as escolhas narrativas feitas pelo autor.
Como escrever um prefácio?
Antes de abordar como escrever um prefácio, é importante destacar que ele não é obrigatório em um livro, embora seja significativo tê-lo em muitos casos. No entanto, se você decidir incluir um prefácio em sua obra, é essencial compreender que esse elemento pré-textual funciona como uma introdução, e essa informação é fundamental para saber como escrevê-lo.
Uma dica valiosa é escrever o prefácio após a conclusão do manuscrito. Somente ao finalizar a escrita é possível compartilhar com os leitores todos os desafios enfrentados. Além disso, o autor estará mais maduro e consciente do trabalho realizado. O prefácio atua como uma introdução e, ao mesmo tempo, um resumo da jornada de escrita da obra.
Para auxiliar na redação do prefácio, busque por livros que contenham esse elemento e inspire-se neles.
Para entender mais sobre gêneros literários, acesse este artigo do nosso blog: Gêneros Literários: aprenda os conceitos, estilos e características
Prólogo: o que é, características e como escrever
O prólogo é um elemento pré-textual opcional que proporciona uma experiência complementar interessante ao leitor. Ao contrário do prefácio, o prólogo conta uma parte da história, podendo ou não seguir a linha cronológica da trama principal.
Normalmente, o prólogo tem o propósito de capturar a atenção do leitor nas primeiras páginas, apresentando uma cena envolvente e impactante. Nele, diversas informações sobre o cenário e os personagens podem não ser explicadas intencionalmente, a fim de despertar a curiosidade do leitor. Portanto, é recomendado evitar o uso de informações essenciais.
Em alguns livros, o prólogo também pode ser denominado introdução, prelúdio, princípio ou outros termos similares.
Como escrever o prólogo de um livro?
O prólogo pode ser considerado o “capítulo zero” de um livro. Conforme mencionado anteriormente, o texto do prólogo faz parte da história, embora possa geralmente ocorra antes ou depois dos eventos principais.
Esse elemento também tem a finalidade de apresentar um conflito ou fornecer pistas ao leitor sobre o que esperar adiante. Por ser um capítulo separado, é importante narrar os acontecimentos de maneira clara e objetiva. A escrita do prólogo assemelha-se à de um conto, portanto, é recomendado evitar excesso de detalhes. Não é necessário desenvolver o personagem ou descrever minuciosamente o cenário.
Um livro pode ter prefácio E prólogo?
Sim, é possível ter tanto um prefácio quanto um prólogo em um livro. Não há restrição técnica quanto ao uso desses dois elementos pré-textuais juntos. Todavia, é preciso que o autor tenha o propósito de uso bem definido para esses elementos. Escrever por escrever pode proporcionar uma experiência ao leitor.
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Para iniciante fazer parte do grupo é otímo.
O artigo ajudou a dirimir minha dúvida. Agora sei que posso pedir para um amigo prefaciar minha obra, relatando as dificuldades encontradas para publicar a obra, assim como minhas credenciais como autor. E também posso colocar uma introdução, descrevendo o tempo(não exato), os personagens, sem nomea-los, e até usando figuras de linguagens.
Artigos sempre muito esclarecedores.
O trabalho de vocês é irrepreensível.
Um abraço a todos.