Provavelmente a maior dúvida de autores independentes gira em torno da divulgação do seu livro.
Não que se despreze as demais essencialíssimas tarefas para se deixar um livro perfeito – como a leitura crítica, a revisão ortográfica e gramatical, a construção de uma sinopse engajante, a criação de uma capa sedutora e assim por diante. Já falamos diversas vezes por aqui que, sem isso, não há publicidade que faça um livro vender. Mas todas essas tarefas, de certa forma, carregam doses menores de mistério.
A fórmula para se criar uma boa capa, por exemplo, é relativamente simples. Pode demandar um investimento por vezes maior ou menor… mas não há muito mistério na tarefa de contratar um bom capista que criará uma boa capa. O mesmo serve para a diagramação, a conversão para o EPub – formato ideal para ebooks – e assim por diante.
Mas quando a publicidade entra em cena… aí tudo muda.
Vale a pena comprar palavras-chave e rodar uma campanha no Google? E no Instagram, no TikTok ou em outras redes sociais? Quanto custa, exatamente, uma campanha minimamente eficiente?
Entre fazer mídia tradicional e contratar alguns influenciadores, o que funciona mais? E o papel do autor durante a campanha?
Essa última pergunta é especialmente importante, aliás.
Porque muitos autores entendem – erroneamente – que basta investir um ou dois mil reais no Google e pronto: seu livro disparará a vender sem que nenhum outro esforço seja necessário. O segundo ato da peça? A frustração absoluta que por vezes esbarra no questionamento da honestidade da agência ou profissional que ficou a cargo da propaganda ao se descobrir que todo aquele investimento – grande para o autor mas pequeno para uma ação publicitária – se converteu na venda de apenas um ou dois exemplares.
Isso significa que a propaganda, até pouco tempo definida como a alma do negócio, não funciona?
Não. Significa apenas o óbvio: que a propaganda é uma das peças que, se bem feita, pode sim fazer as vendas de um livro decolar. Mas friso aqui o fato de que ela precisa ser bem feita – o que significa ser encarada como parte, e não como o todo, de um esforço de divulgação.
Já falamos, aqui no podcast, sobre dois elementos extremamente importantes para a divulgação: a imprensa, no episódio 41, com Vinicius Cordoni, e os influenciadores, no episódio 40, com Juliano Loureiro.
Hoje é o dia de falarmos sobre mídia. O convidado? Gustavo Raizer, Analista Senior de Mídia da EssenceMediacom.
Gustavo, seja bem-vindo!
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