O mercado editorial sempre esteve imerso em um nevoeiro de romantismo que separava o sucesso do fracasso. Sempre houve aquela figura poética do “editor-gênio”, aquele que conseguia localizar a agulha no palheiro com uma precisão infalível e descobrir autores de futuros brilhantes quando estes ainda estavam lutando com cada letra para conseguir sobreviver. E não é que essa figura do editor-gênio, do profeta literário, jamais tenha existido.
A questão aqui é que os tempos mudaram de maneira tão radical que, hoje, em plena era da abundância de conteúdo, é fisicamente impossível que todos os grandes livros, que os futuros clássicos em potencial, sejam realmente descobertos por uma meia-dúzia de editores. Simplesmente não há tempo disponível para que eles consigam desbravar os tantos enredos existentes para escolher quais formarão as mentes dos leitores do futuro.
Quer ter uma ideia? Apenas em 2018 – ainda antes da pandemia -, os 10 países que mais contabilizaram livros publicados chegaram, juntos, a 4.547.925 títulos.
Como lidar com isso – principalmente sob a ótica do autor? Considerando que a tsunami de títulos é avassaladora ao ponto de efetivamente impedir grandes descobertas feitas por poucas pessoas, como um autor independente, possivelmente desconhecido do grande público, consegue navegar sozinho e com sucesso por um universo editorial cada vez mais competitivo? A resposta pode ser simplificada em uma palavra: dados. Ou melhor: usando o mar de dados à disposição ao seu favor.
Para falar sobre isso, conversamos hoje com William Leunam, CEO da DataMining.
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