Todo país tem uma ou mais instituições incumbidas da sagrada missão de pavimentar melhor o caminho entre o livro e os leitores.
Isso significa pressionar pela criação de políticas públicas, desburocratizar a relação entre os diversos atores do processo, abrir mercados e jogar luz em temas que – principalmente nos nossos tempos atuais – surgem na esteira de inovações tecnológicas com uma velocidade impressionante.
O Prêmio Jabuti
No Brasil, uma dessas instituições sagradas é a CBL, ou Câmara Brasileira do Livro, que tem uma palavra-chave que se derrama pela sua missão e pelos seus documentos: a democratização de toda a cadeira literária editorial.
E, no seio da CBL, há o mais renomado prêmio literário brasileiro: o Jabuti.
Em sua 65a edição, responsável por consagrar títulos e autores, o Jabuti mudou bastante nos últimos anos, principalmente a partir do momento em que a literatura independente passou a ganhar corpo e reconhecimento, como provam os mais de 85 mil títulos publicados aqui no Clube de Autores.
Mas o que isso significa, exatamente, tanto para o mercado quanto para o autor independente? Que espaço ele tem hoje e como fazer para ampliá-lo?
Nosso convidado: Hubert Alquéres
Bom… ninguém melhor para falar disso que o curador do Prêmio Jabuti 2023, Hubert Alquéres.
Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, Hubert tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro.
O novo curador do Prêmio Jabuti iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998.
Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Nesse período, participou da organização de Bienais do Livro e de feiras nacionais e internacionais. Também foi um dos curadores da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em 2010. No mesmo ano, recebeu a homenagem de Amigo do Livro, por sua contribuição ao livro e à leitura.
Alquéres foi ainda presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Em seu trabalho como editor na Imprensa Oficial e na Edições de Janeiro, da qual é sócio, recebeu 27 vezes o Prêmio Jabuti com autores renomados como Ferreira Gullar e Antonio Candido.
Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil – Emanoel Araujo e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade.
Leia também: Livro publicado via Clube de Autores é finalista do Jabuti 2021 | Blog Clube de Autores
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