Na literatura, romance é muito além que o amor entre duas pessoas. No universo dos livros, romance é um estilo literário, bastante utilizado pelos autores, sendo o preferido da maioria dos leitores.
O texto de hoje do blog abordará as características, exemplos e dicas para autores que querem escrever suas histórias neste estilo.
Sendo o apreciador de histórias românticas, ou não, convido você a nos acompanhar nas próximas linhas. Boa leitura!
O que é um romance na literatura?
Na nossa literatura, existem três grandes gêneros literários: lírico, narrativo e dramático. Aqui mesmo no blog do Clube de Autores, explicamos em detalhes cada um deles. Para ler, acesse: Gêneros Literários: aprenda os conceitos, estilos e características.
Neste mesmo texto, foi falado que cada um dos gêneros literários possui diversos estilos, variações da criação textual, mas que ainda respeitam as mesmas características fundamentais. No gênero narrativo, os estilos literários mais comuns são: romance, conto, novela, fábula e crônica. Apesar da importância desses outros estilos, nosso foco são os romances, por isso, deixaremos a explicação dos outros para outro artigo.
Características do romance
Ao ter um livro “grande”, com centenas de páginas, contando uma história ficcional, muito provavelmente você está com um romance em mãos. O tamanho do texto é uma característica que o difere dos contos e novelas, mas não é somente isso que pode fazer de um texto um romance.
Veja abaixo quais são as principais características de um romance:
- enredo denso, com várias tramas;
- múltiplos conflitos;
- diversos personagens;
- narrativa longa;
- texto escrito em prosa;
- possibilidade de mais de um narrador.
As características apresentadas podem parecer com as características de um conto ou novela. Se você pensou nisso, saiba que há, sim, semelhanças. Entretanto, no conto ou novela, temos narrativas curtas, com menos personagens e, geralmente, um único conflito.
É comum a confusão entre romance e novela, não havendo uma definição rígida quanto ao tamanho máximo de palavras de uma novela ou o número mínimo de palavras de um romance. Outra possível confusão é pelo fato de romance, em inglês, ser novel.
Quantas páginas deve ter um romance?
A quantidade de páginas de um romance pode variar bastante, pelo fato de que mudanças na diagramação de um livro interfere na quantidade de páginas. É mais comum referirmos ao tamanho de um livro pelo número de palavras. Dessa maneira, é possível ter uma dimensão real de quão longo é um texto deste estilo literário.
Geralmente, os romances possuem 30 mil palavras ou mais. Como exemplo, podemos citar:
- A revolução dos bichos, de George Orwell: 29.966 palavras. 75% dos livros são maiores do que este.
- Madame Bovary, escrito por Gustave Flaubert: 117.963 palavras. 18% dos livros têm mais palavras do que este.
- Ulysses, de James Joyce: 262.869 palavras. Apenas 2% dos livros têm mais palavras do que este.
Os três exemplos acima foram retirados do texto: Quantas páginas seu livro deve ter?. Acesse e saiba mais sobre o número de páginas de um livro.
A variação do número de palavras de um romance também será determinada pelo público-alvo do livro. Livros para jovens e adolescentes costumeiramente têm menos palavras que livros para adultos, bem como os livros para bebês e crianças possuem, no máximo, 1.000 palavras.
Entender para quem é o seu livro também é importante para o autor.
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Qual tema pode ter um romance?
Conforme falado na introdução desse texto, um romance não precisa, necessariamente, falar sobre amor ou relacionamentos. Um romance, inclusive, não pode ser de não-ficção. Romances biográficos, ou autobiográficos, são bons exemplos de não-ficção.
Romances ficcionais podem falar sobre qualquer tema, sendo fantasia, ficção científica, suspense, policial, terror e, por que não, romance, os mais comuns.
Como escrever um romance?
Por se tratar de uma narrativa longa, escrever um romance pode ser desafiador para boa parte dos autores iniciantes. Por isso, é recomendado estruturar o romance antes mesmo de escrever a primeira linha da história.
Não é uma regra, mas uma boa prática para auxiliar no entendimento prévio do autor sobre os acontecimentos da história a ser contada. Essa diferença, entre os autores que organizam a história antes e os que não organizam, é uma metáfora popular definida como escritores arquitetos e escritores jardineiros.
Escritor arquiteto x escritor jardineiro
Um “escritor jardineiro” é aquele que começa com a escrever o seu livro apenas com uma ideia geral, sem planejamento prévio do que acontecerá ao longo dos capítulos. No decorrer da escrita, o “escritor jardineiro” encontra a situação dos conflitos, desenvolve os personagens e cria toda a história
Assim como um jardineiro pode plantar sementes e permitir que as plantas cresçam naturalmente, um escritor jardineiro pode começar com uma ideia e deixar a história crescer e evoluir em uma direção que pode ser imprevisível.
Já o “escritor arquiteto” é aquele que só começa o texto após finalizar o planejamento de toda a história. Eles trabalham meticulosamente para garantir que a história se encaixe nessa estrutura.
Como um arquiteto que planeja e projeta cada detalhe de uma estrutura, um “escritor arquiteto” projeta e planeja cada detalhe de sua história antes de começar a escrever.
Ambas as abordagens têm suas vantagens e desvantagens. Cabe ao autor entender qual o seu melhor formato para escrever um romance. O autor também pode ter características criativas de ambos perfis
Etapas de estruturação de um romance
Por mais que você se identifique como um “escritor jardineiro”, é importante entender quais são as etapas de construção de um romance. Antes de listar, vale a observação: a escrita é livre e única para cada autor. Portanto, aqui abaixo, daremos dicas e sugestões, não sendo esta a única forma para se estruturar e organizar um romance.
Etapas:
- Pensata: tema geral, a abordagem que você faz e que motiva o resto da história.
- Storyline: definição sucinta, pouco maior que a pensata, de um ou duas linhas, onde se tem um pouco sobre a trama e os personagens.
- Sinopse: momento de melhor desenvolvimento do storyline, visando instigar o leitor, fazendo-o ficar interessado em ler seu livro.
- Argumento: escrito em prosa e no tempo presente, é um texto corrido onde há o detalhamento mais profundo sobre os pontos mais importantes da sua história
- Escaleta: quando você define quantos atos* e capítulos terão o romance, além de uma breve descrição de cada um.
- Estrutura narrativa: definição e melhor uso de todos os elementos da narrativa. Para entender mais sobre o tema, acesse: Narrativa: entenda quais são os elementos e quando usá-los.
Exemplos de romances clássicos da literatura
A literatura é rica de ótimos exemplos de romances. Impossível criar uma lista completa, mas é válido citar alguns títulos que marcaram a literatura. Veja:
- Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis;
- Frankenstein (1818), de Mary Shelley;
- Mocy Dick (1851), de Herman Melville;
- Romeu e Julieta (1597), de Willian Shakespeare;
- A Divina Comédia (1472), de Dante Alighieri;
- Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez.
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já existe um site de IA que permite gerar ilustrações para capas de modo free, se chama “Craiyon”. As descrições da arte tem que ser feitas em inglês para sairem mais detalhadamente.
Isso das capas geradas por IA seria uma revolução pros escritores do Clube, porque as capas geradas por IAs, alavancariam o interesse do leitor e as vendas, sem dúvida. Por tudo que já li a respeito e consultei amigos advogados e estudiosos do Direito Autoral, há possiblidade do uso comercial sim, dependdendo da política do site de IA; isso do autor colocar as capas geradas por IAs é possível pois o comando ou prompt dado pelo internauta que gera as imagens, prova que eles seriam co-autor também, no mínimo, da arte gerada, mas ainda não há leis ainda definidas. Essa questão inclusive nos EUA tá sendo bem debatida, mas não chegaram ainda a um denominador comum. Houve o caso do sujeito que ganhou o prêmio de concurso de Arte usando a IA. Sites como o DALL-E parece que liberam pra uso comercial, as imagens. A tecnologia anda a passos relampejantes; o Direito, mormente o Autoral, caminha a passos de tartaruga.Quem sabe no futuro o Clube de Autores não tenha a sua própria IA embutida para ajudar na criação de capas? Do jeito que a tecnologia voa supersônica, tudo é possível. Já o Chat GPT é uma ferramenta poderosa pro autor inclusive fazer sua própria revisão e copidesque do livro. Essas tecnologias são ferramentas sensacionais.Existem pintores e artistas famosos que já usam as IAs de imagens como esboços pra depois repassarem para as telas, com alterações.
Muito bom o texto. Poderiam fazer um texto falando sobre o impacto das IAs como o Chat GPT e as IAs que geram arte, estas últimas alguns autores independentes ou autopublicado, estão usando para gerar capas de livros. Isso se torna possível e exequível, segundo os estudiosos de direito autoral, pois ainda não há leis a esse respeito.
Obrigado pela sugestão, Roger.
abraços!