Pensática Podcast, Ep. 21: O mercado editorial fora do Brasil

Por sermos um país de dimensões continentais e historicamente isolados do mundo – quer por sermos o único país das Américas a falar português ou por termos um mercado interno gigante ao ponto de funcionar como opção ao impulso de expansão internacional que acaba sendo regra de sobrevivência para nações menores – é relativamente comum vermos um desenrolar mercadológico em ritmo próprio, diferente de outras economias. 

É relativamente comum tomarmos os nossos próprios números nacionais como padrão, como norma a partir da qual tendências são traçadas. É relativamente comum interpretarmos os nossos círculos de relacionamento cotidiano como regra, como uma definição hermeticamente fechada do nosso mercado. É relativamente comum acreditarmos que o mundo lá fora – ou aqui fora, dado que estou gravando de Portugal, onde estou para montar a base do Clube de Autores Europa – é tão distante quanto Marte, Júpiter, Plutão. 

O comum, no entanto, nem sempre é o real. 

E é justamente quando saímos, quando colocamos a nossa cabeça para fora das nossas fronteiras, que percebemos isso. Somos todos parte de um ecossistema único, multi-idiomático e multi-tecnológico, com leitores ávidos por novas histórias e autores explorando as novas fronteiras das narrativas e desbravando técnicas capazes de revolucionar suas próprias línguas. 

Para suportar isso, temos uma base riquíssima de empreendedorismo editorial recheada de start-ups viabilizando tudo – de novas formas de conectar autores e leitores a tecnologias que entregam o tipo mais preciso de inteligência de dados capaz de ajudar a construção de histórias cada vez mais engajadoras.

Por que isso tudo importa para o escritor brasileiro? Porque conhecer o que está acontecendo no mundo é quase que obrigatório para o novo perfil de escritor, aquele cujo sucesso mercadológico depende cada vez mais das suas próprias mãos e habilidades de empreendedor e de empresário de si mesmo. 

Meu convidado de hoje talvez seja a pessoa mais qualificada a falar desse nosso mercado editorial globalizado, um amigo de longa data que viu o Clube nascer e que, um dia, quem sabe, vai se juntar a nós como Diretor de Alguma Coisa Importante!

Trata-se de Carlo Carrenho, consultor editorial e sócio da StreetLib, agregadora digital italiana. Foi o fundador do PublishNews, a maior fonte de notícias do mercado editorial brasileiro, e o comandou por 20 anos antes de se mudar para a Suécia. Com quase 30 anos de experiência no mercado editorial, passou por empresas como Atlas e Ediouro no Brasil, e fundou recentemente a Pop Stories, editora exclusivamente digital com sede no Rio de Janeiro. É formado em Economia, pela FEA-USP, e especializado em Publishing pelo Radcliffe College. 

Atualmente, como consultor, atende empresas de países tão diversos como Eslovênia, Emirados Árabes e EUA.

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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