Pensática Podcast, Ep. 20: A Ubook e a evolução do audiolivro no Brasil

Já falamos aqui, em alguns episódios, sobre o mercado de audiolivros. Traçando um paralelo, ele é hoje parecido com o que foi o mercado de e-books há cerca de 10 anos: percebido como novidade (muito embora já exista há décadas), em franco crescimento e prometendo revolucionar a maneira com que se consome literatura. 

Não é difícil entender o motivo: com o tempo cada vez mais disputado, a possibilidade de gastar o trânsito de grandes cidades ou a corrida diária escutando boas histórias é uma inegável dádiva. 

Tecnicamente, no entanto, nem tudo são flores.

Criar uma biblioteca gigantesca de e-books, para ficar na comparação mais óbvia, é relativamente simples: basta converter o formato de milhões e milhões de títulos já digitalizados. 

Criar uma biblioteca de audiolivros já é diferente: é preciso narrar, com alta qualidade, livro a livro. Por que alta qualidade? Porque – diferente do livro escrito – a experiência de um audiolivro é formada não apenas pelo texto, mas também pela narração. Um audio quebrado, com ruído, falho, provavelmente afastará o leitor instantaneamente (ainda que o livro seja a maior pérola da literatura mundial).

Isso, por sua vez, significa um investimento alto individual, seja em estúdio e narrador e produção ou em tempo. 

O que vem antes, então? O ovo ou a galinha? Porque veja: para alguém assinar um serviço de audiolivros (e a maioria deles é via assinatura), este alguém precisa ter alguma garantia de que haverá volume o suficiente de livros dentro de seu gosto pessoal para que valha a pena pagar uma mensalidade. Por outro lado, para se formar esse volume de livros, esse acervo grande o suficiente para atrair público, é preciso ter um investimento prévio vultoso – algo que só costuma existir depois que um público pagante esteja nutrindo a plataforma com o dinheiro necessário. A ignição do mercado de audiolivros, portanto, é algo tenso, difícil, que leva tanto tempo quanto dinheiro.

E como está o mercado brasileiro em relação ao mundial dentro desse paradoxo? Está longe da maravilha que é o mercado em língua inglesa, cujas décadas de existência proporcionaram acervos incalculáveis em plataformas já consolidadas. Mas, por outro lado, está bem melhor que o mercado grego, que conta com um acervo minúsculo e insuficiente para engrenar qualquer start-up de audiolivro no curto prazo. 

Demanda explosivamente crescente, oferta suando para alcançá-la, modelos de negócio inovadores… melhor falar diretamente com o protagonista brasileiro deste mercado do que apenas arriscar hipóteses infundadas. 

E para isso falaremos hoje com Eduardo Albano, da Ubook.

Eduardo Albano tem sua carreira profissional marcada pela tecnologia e a inovação. Como responsável pelo departamento de TI, atuou em uma das grandes empresas da imprensa nacional, foi diretor de um canal de TV e passou por grandes portais de notícias. Buscando sempre inovar em novos projetos, fundou uma startup focada em desenvolver aplicativos Mobile e Sistemas em plataforma Web, desenvolvendo negócios digitais. No ano de 2014, em parceria com outros sócios, criou a Ubook, reconhecida como a maior plataforma de audiolivros por streaming da América Latina. É co-fundador e COO da empresa. Hoje, a Ubook mantém relações comerciais com as principais editoras no Brasil e no exterior. A parceria para a disponibilização de conteúdos em diversas línguas, principalmente em inglês e espanhol, impulsionou o processo de internacionalização da Ubook, que já está presente em mais de 10 países.

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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