A leitura pode transformar as pessoas?

A resposta é meio óbvia: sim. Alguém tem dúvidas disso, aliás?

Se o que nos define como seres humanos, o que nos separa de animais ditos “irracionais”, é justamente a nossa capacidade de contar histórias, esse mundo imaginário é indubitavelmente a origem nervosa de toda e qualquer transformação.

Não vou entrar no mérito aqui do tipo de resgate da leitura: na minha modesta opinião, livros tem a peculiaridade de adensar toda e qualquer capacidade de raciocínio. Adensar, no entanto, é diferente de “melhorar”, no sentido mais maniqueísta do termo. Entregue páginas e mais páginas de filosofia para um homicida psicopata e é mais provável que ele aprimore as suas técnicas de assassinato do que se converta em um coroinha.

Por outro lado, também não tenho dúvidas de que o grosso da criminalidade brasileira – e aqui excluo os criminosos mais perigosos que se escondem em nossos palácios de governo e casas legislativas – é feita de pessoas com pouca visão de futuro, de longo prazo. Nesse sentido, livros abrem horizontes verdadeiramente impressionantes e que podem fazer toda a diferença.

Nesse sentido, vale acompanhar uma iniciativa que está sendo colocada em prática no Rio Grande do Norte e que está concorrendo a um dos mais conceituados prêmios de inovação do mundo, o Innovare. O resumo: a cada livro lido, o preso tem parte da sua pena reduzida.

Copio, abaixo, parte do texto da matéria publicada no G1, cujo link é http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2016/06/com-leitura-de-livros-detentos-do-rn-concorrem-premio-nacional.html, e que explica a mecânica:

O preso inscrito no projeto tem prazo de 21 a 30 dias para ler uma obra, que pode ser literária, clássica, científica ou filosófica. Ao final, deve apresentar uma resenha sobre o livro escolhido. A comissão organizadora da unidade prisional, composta por pedagogos, avalia se o conteúdo está compatível com a obra e se não houve plágio. Em seguida, o resultado da avaliação é enviado ao juiz competente, responsável pela decisão final a respeito da remissão.

O que você acha da iniciativa?

Para ler a matéria completa clique aqui ou na imagem abaixo:

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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