A frase que dá título a este post não é minha: e do escritor nigeriano Chris Abani. E, dentre muitos motivos, cito ele por vir de um continente que, embora o mais velho dentro da caminhada humana no planeta, é o que menos tem as suas historias efetivamente documentadas.
Séculos de opressão europeia que emendaram com décadas de guerra civil trouxeram o óbvio: a aniquiliação de boa parte do passado, deixando apenas pedaços que sobrevivem pelas tradições orais ou por obras de arte únicas da literatura nas mãos de gênios como Chinua Achebe ou V. S. Naipaul.
Ver esse continente documentar as suas histórias é, portanto, acompanhar o passo mais decisivo no sentido de um futuro melhor: o resgate e a documentação do passado.
O vídeo abaixo é um relato hiper pessoal do Chris Abani. Se você acredita no poder de se contar histórias – e parto do princípio de que ninguém aqui questiona isso – vale muito assistir: