Pensamentos inspiradores dos mestres africanos

Em maio e setembro deste ano, as cidades de Nakuru e Nairobi, no Quênia, recebem o Storymoja Hay Festival – um dos mais importantes eventos literários do continente africano.

Pouco se fala, aliás, sobre a literatura produzida na Africa – terra que costuma concentrar uma mescla de beleza natural com miséria humana, dois curiosos ingredientes conhecidos por inspirar escritores ao longo de toda a história da humanidade. Ou alguém questiona a sombria tristeza das obras de Kafka e Tchekhov, a solidão dos textos de Hemingway ou a dor que marca as letras de Marguerite Duras?

Se esses dois ingredientes propiciam tão boa literatura, então a África deveria ser um dos maiores berços da cultura escrita.
E é – apesar de, infelizmente, pouco conhecida e reconhecida por isso.

Mas foi de lá, do espaço entre o deserto e as savanas, que escritores como Brian Chikwava (Zimbabwe), Tsitsi Dangarembga (Zimbabwe), Chimamanda  Adichie (Nigeria), Ngugi wa Thiong’o  (Quênia) e Wole Soyinka (Nigéria), este último vencedor de um Prêmio Nobel, produziram uma literatura de qualidade impressionante.

Nada mais natural, portanto, que essas almas letradas produzirem o que chamamos de “pensamentos inspiradores”. O site britânico Telegraph costuma cobrir o festival e, recentemente, conversou com editores e escritores africanos e elencou alguns desses pensamentos, que traduzimos e reproduzimos abaixo. Afinal, nada melhor do que inspiração para começar um final de semana!
<strong>”Poetas fazem amor com as mentes dos leitores e – não nos enganemos – já houve muitas gestações mentais.” </strong><em>- Ben Okri</em>

<strong>”Para ser um escritor você precisa desenvolver a habilidade de falhar em público.”</strong><em> – Hari Kunzru</em>

<strong>”A ficção e a literatura conseguem falar verdades que a mídia tem dificuldades em expressar.”</strong><em> – J M Ledgard</em>

<strong>”Se eu soubesse antes de escrever como um poema terminaria, ele seria uma jornada inexistente.”</strong><em> – Yusef Komunyakaa</em>

<strong>”Kibera (maior favela de Nairobi) tem a maior concentração de bibliotecas do Quênia.”</strong><em> – Muthoni Garland</em>

<strong>”A Internet supera a tirania da distância.”</strong><em> – Peter Moore</em>

<strong>”A cultura pode ser a única coisa que nos salvará.”</strong><em> – Chief Nyamweya</em>

Bom final de semana recheado de inspiração e de letras!<em></em>

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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