A ideia é tão simples quanto genial: fazer uma bicicleta com uma traseira que comporte 150kg de livros rodar pelas grandes cidades brasileiras e distribuir livros para os moradores de rua.
Simples porque, na prática, basta um veículo básico e de baixíssimo custo para criar o conceito de biblioteca ambulante – e genial por levar a moradores de rua a literatura, possivelmente o mais completo alimento para a alma.
Essa é a Bicicloteca, uma iniciativa do IMV (Instituto de Mobilidade Verde), que exige dos moradores de rua apenas uma promessa: a de que eles repassarão os livros para outros moradores de rua. O objetivo final é simples e certamente bem compreendido por todos os autores daqui do Clube: o de que a literatura pode, certamente, mudar a vida das pessoas.
O primeiro livro da Bicicloteca foi doado na semana passada, em 25/07, para o MEPSRSP (Movimento Estadual de População em Situação de Rua de São Paulo), e muitos mais estão por vir com a criação de outras 10 Biciclotecas pelo Brasil até o final do ano.
Gostou? Então participe do projeto doando obras pessoalmente ou pelos Correios! Isso pode ser feito diretamente na Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, nº 94, República – São Paulo/SP), que enviará os livros para as Biciclotecas do IMV.
Gostaria de uma informação a respeito da matéria do blog “Bicicloteca leva incentivo à leitura para moradores de ruas no Brasil”. trabalho com uma equipe de agentes sociais que levam livros a população em situação de rua e distribuímos nas UBS unidade basica de saude, só que estamos levando em malas com rodinhas e caixotes. gostaria de saber se temos a possibilidade de fazermos uma parceria, saúde e cultura. qual a possibilidade de adquirir uma bicicleta do projeto apresentado no blog. Silvia Asst. Social programa consultório na rua unidade UBS Magaldi
Como trabalhadora direta com população de rua, afirmo o interesse pela leitura e aprendizado, muito mais que estudantes em boa situação econômica
Oi Sílvia! Puxa, recomendo que contate diretamente os responsáveis pela iniciativa. Nós apenas postamos sobre ela por acharmos uma ideia fantástica, mas não temos nenhum tipo de vínculo…
Projeto bonito, mas fora da realidade. Não vejo como um morador de rua, que não tem teto, alimentação regular e certamente não sabe ler ou, mesmo que saiba, vá encontrar motivação para a leitura
Nas bibliotecas, além de terem que devolver os livros, eles tb teriam prazo estipulado para isso. Moradores de rua são como nômades, nem sempre ficam no mesmo lugar por mto tempo, isso desmotiva a leitura por terem de assumir o compromisso de devolver numa determinada data.
Agora, na doação, os livros chegam diretamente às suas mãos. Nós não adoramos que oportunidades batam à nossa porta? Os moradores também.
Então, vamos dar esse incentivo para eles, sim.
Achei a ideia mto legal.
Aliás, o Clube de Autores poderia pedir permissão para os escritores liberarem sua obras para serem doadas.
Não creio que um pessoa que mora na rua tenha incentivo a leitura, uma vez que alunos da escola publica tem milhares de livros a seu dispor e uma pequena minoria aproveita a oportunidade. Ler com fome e sem conforto, sinceramente não acredito.
Cada caso é sempre um caso, Susana. O fato de termos muitos alunos que não gostam de ler não significa que nenhuma pessoa menos privilegiada não possa gostar também…
Mesmo porque o próprio idealizador do projeto foi um morador de rua e mudou a sua vida justamente por conta dos livros.
Tudo bem que ele não seja, provavelmente, a representação da absoluta maioria – mas, como dizem, mudar uma única vida já faz toda a diferença…