Foi-se o tempo em que produções audiovisuais brasileiras se resumiam a novelas e a filmes dos Trapalhões ou da Xuxa. Na verdade, foi-se o tempo em que produções audiovisuais de apelo global resumiam-se a filmes hollywoodianos ou à quase rarefeita cena independente, de dificílimo acesso às grandes massas.
Basta se conectar a canais de streaming como Netflix, Amazon Prime, GloboPlay, HBO ou qualquer outro que prontamente se consegue acessar filmes e séries incríveis gravadas na Turquia, na Islândia, na Nigéria, no Brasil e nos mais diversos cantos do mundo. A era da hiperconectividade e da imensurável amplitude de ofertas funcionou como uma espécie de gatilho para uma demanda até então reprimida, filha da curiosidade incisiva sobre tudo o que se passa além do que nos é tradicionalmente mostrado.
E isso, claro, é fantástico. Não apenas por abrir o mundo para os seus próprios habitantes, que passaram a ter um acesso inédito a uma imensidão de novos pensamentos e visões, mas também por multiplicar a força da literatura, especialmente a independente, como base para produções inovadoras que tendem a ganhar o mundo em forma de filmes, séries e novelas.
Mas como, exatamente, isso funciona? Como é esse processo de transformação de livro em audiovisual e como esse mercado está se metamorfoseando para o bem da literatura?
Há pouco tempo, duas grandes personalidades do mercado literário e audiovisual – Mari Rolier e Eduardo Brand, respectivamente – se uniram para fundar o Gancho – uma plataforma de curadoria de livros que entrega para diversas produtoras ideias antenadas com tendências e demandas de mercado e que, portanto, tem um grande potencial de sucesso nas telas.
Falemos, então, um dos sócios, o cineasta Eduardo Brand, para entendermos mais sobre como se acha conteúdo audiovisual a partir da literatura!
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