Pensática Podcast, Ep. 26: Livros realmente vendem pela capa?

Certo ou errado, é inegável que livros são, sim, escolhidos – ainda que em parte – pelas suas capas. Eu iria adiante: as capas são parte integrante da própria experiência literária. 

Até porque a experiência literária não se inicia com a primeira frase do autor: inicia-se com a vontade do leitor em explorar um determinado tema ou em mergulhar no universo de um determinado autor. Ela prossegue em passeios por livrarias online ou offline, por manuseios de livros com o objetivo de conferir seus interiores, desemboca na compra e acontece, de maneira mais completa, na leitura. 

Se o interior de um livro, sua diagramação, for horrenda – daquelas com fontes de tamanho microscópico e praticamente sem margem – provavelmente o leitor sairá correndo. Se a capa não for atrativa o suficiente, se não se comunicar com o leitor como boas capas devem fazer, é provável que ele sequer chegue a folhear o livro. 

O caro amigo autor deve ter a sensibilidade de perceber isso: qualquer livro, seja o seu ou outro, concorre com uma infinidade de outros livros pelos olhos do leitor. E uma das ferramentas de competição é justamente a capacidade de seduzir o leitor da maneira mais rápida e definitiva possível. Quer uma ferramenta mais eficiente para isso que uma boa capa? 

Poderíamos ir além aqui: no nosso acervo de mais de 76 mil livros, de longe os que mais vendem são os que têm capas bem trabalhadas, amplas, fortes. Estou dizendo que todos os livros com capas incríveis são best-sellers? Óbvio que não. Mas estou dizendo que livros cujas capas são sofríveis tem muito, muito menos chance de sucesso. E diminuir as chances de sucesso em um mercado competitivo como o editorial é uma péssima ideia. 

Mas chega de dar a minha opinião pessoal aqui – principalmente quando temos justamente um editor do outro lado da linha. Nosso papo de hoje é com o jornalista, editor e escritor Israel Dideoli. 

Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior e Bacharel em Jornalismo, Israel edita a revista digital Livro-reportagem em revista (www.livro-reportagem.com.br) e fundador da Editora Casa Flutuante(www.editoraflutuante.com.br) — especializada na produção de livros-reportagem e acadêmicos onde produziu mais de 200 livros de jovens jornalistas, professores mestres e doutores.

É autor dos livros: Corações Camponeses: crimes do Estado brasileiro (2014), Luz em preto & branco: um passeio em plano sequência pelo bairro da Luz (2016), Jornalismo na Wikipedia: uma definição de domínio público (2017), Elementos do livro-reportagem: do projeto experimental ao mercado editorial (2018) e Jornalismo declaratório (2018). 

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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