Todos nós, autores independentes, penamos com as mesmas dificuldades: detectar bons críticos para trabalhar melhor as nossas obras, contratar ou convencer artistas a montarem capas incríveis, negociar com revisores para que nosso português fique impecável, planejar e executar campanhas de divulgação que façam nossas mentes encontrarem os olhos de leitores que nunca conhecemos na vida.
E isso não chega a ser, exatamente, nenhuma novidade. Em algum momento de suas vidas, todos os grandes autores – de Tolstoi a Machado de Assis, de Mia Couto a Murakami, já se depararam com os mesmos tipos de dificuldades. As duas maiores armas de todos eles – e de toda a horda de magos literatas que dividem espaço nas prateleiras das maiores livrarias do mundo? Suas genialidades, claro, e a perseverança que os fez nunca desistir de seus caminhos.
Genialidade, claro, não existe em todos nós – e, neste ponto, tudo o que podemos fazer é confiar e acreditar em nós mesmos. Mas e a perseverança? Esta depende apenas da nossa própria força de vontade.
Não é uma carreira fácil, esta que estamos buscando para nós mesmos: há uma concorrência monumental, um mercado dificílimo e um espaço extremamente restrito.
Ainda assim, se escrever é o que realmente amamos, então não temos alternativa senão seguir adiante, lançando mão de todas as nossas armas e estratégias e tentando de tudo para conseguirmos os nossos lugares ao sol da mesma forma que os nossos ídolos, em seus tempos, conseguiram.
Assim sendo, me permitirei aqui fazer uma sugestão – algo que já pratico sem arrependimento algum já há muito tempo.
Se você ama escrever, então provavelmente também ama ler.
Se você lê, então já tem os seus temas preferidos, os seus autores ídolos, os seus grandes heróis cruzando campos que podem variar do mundo dos czares às praias de Paquetá.
Que tal, então, experimentar outros nomes e textos tão novos quanto você?
Navegue pelo Clube de Autores.
Há 65 mil livros por aqui.
E sim, há de tudo. Certamernte haverá muitos títulos com os quais você não se identificará e outros tantos que, claro, terão tudo a ver com a sua linha de pensamento.
Que tal, então, escolher um outro autor independente – como você – e ler o que ele escreve?
Afinal, se estamos no ano novo, que comecemos já cultivando justamente o espaço para os novos autores. Quanto mais a nossa comunidade se unir, mais ela se fortalecerá e mais espaço conseguirá galgar nesse mercado!