Nas últimas duas semanas, realizamos bate-papos com autores do mercado brasileiro sobre, claro, o ato de escrever (e todas as suas consequências).
Esses eventos virtuais, que ocorrem sempre via Facebook, tem gerado muita discussão positiva em torno de ideias e planos para as carreiras de escritores independentes brasileiros.
Mas, claro, o Clube sempre foi um espaço aberto a todos e, por mais que tentemos sempre realizar os projetos ideais para autores independentes, há sempre espaço para fazer mais.
E nesse ponto, perguntamos a você: que assunto você gostaria de ver abordado nos nossos bate-papos?
Nos responda por aqui mesmo pelo blog ou diretamente via Facebook. Todas as respostas dadas serão analisadas e utilizadas para montar a programação dos encontros das próximas semanas.
Oi, gostaria que abordassem o tema dos direitos autorais, a necessidade de cadastro na Biblioteca Nacional, como funciona a lei em casos de vermos nossa obra sendo pirateada por algum site. O cadastro na Biblioteca Nacional me parece um pouco dispendioso, mais de R$ 200,00. Vale a pena este investimento como recém-chegado no mundo dos autores? Só o cadastro é o suficiente para entrar com uma ação em caso de violação de direitos autorais ou há outros trâmites legais?
Boa sugestão, Alcides! Já vamos encaminhar internamente!
Gostaria que fosse abordada a imensa dificuldade que nós, escritores desconhecidos, temos em vender nossos trabalhos pela internet em razão do sistema burocrático de vendas empregado pelos sites-editores, onde pontifica a obrigatoriedade de o comprador se submeter ao PagSeguro, ou sistema similar. Se já é difícil vender livros assinados por autores ignorados pela mídia, mesmo se colocados os exemplares em livrarias, mais problemático ainda é o autor contar com a paciência e boa vontade do leitor diante tal sistema. Penso que os sites-editores poderiam muito bem se contentar com o depósito na conta bancária da editora, modalidade de pagamento bem mais simples.
Heiror, a sua sugestão está anotada – mas devo dizer que, hoje, recebemos uma quantidade grande de elogios justamente à facilidade de se pagar com sistemas como o PagamentoDigital, que utilizamos. Ou seja: de tudo o wue sempre analisamos, essa certamente não é uma dificuldade grande percebida pelo público.
Ao contrário: se tirássemos o PagamentoDigital, acabaríamos tendo que tirar também parcelamento em até 10x (que é viabilizado por eles), a aceitação de todos os meios de pagamento e assim por diante. E, se não utilizássemos o PagamentoDigital de forma exclusiva, os autores perderiam um apoio grande na divulgação: a presença que hoje os seus livros tem em todos os sites da rede Buscapé de forma gratuita. Essa divulgação, que hoje é responsável por muitas vendas, é viabilizada unicamente por aceitarmos com exclusividade o PD.
Pode ter certeza de uma coisa: nenhuma escolha de canal de pagamento, em nenhum comércio eletrônico, é feita de forma gratuita. Todas as lojas dependem das vendas e calculam milimetricamente o impacto de qualquer decisão nesse sentido. Do nosso lado, posso te garantir uma coisa: o uso de um meio terceiro (como o PagamentoDigital) fez as nossas vendas crescerem bastante, beneficiando tanto a nós quanto, claro, aos autores.
E, nesse caso, falo especificamente do PagamentoDigital – pois antes de optarmos por eles pesquisamos PagSeguro, Braspag, PayPal e mais uma série de outros para termos certeza de que a escolha seria a melhor para a nossa rede.
Acredito que a proposta sobre colocar a mídia na edição do livro e esta propaganda pagar o frete para o leitor, facilitaria muito as vendas dos escritores. Esse é o assunto que gostaria de assistir num bebate via Facebook, pois quando fazemos a nossa parte de apresentação de trabalho, a primeira coisa que perguntam: – Em qual livraria? Digo que é venda digital e a primeira coisa que comentam é que o frete encarece a compra.
Oi Maria.
Esse assunto é difícil de se abordar em um debate porque ele é muito mais complexo do que parece. Veja: para se viabilizar mídia em livros, é preciso montar uma equipe comercial que batalhe anunciantes; é preciso convencer os anunciantes de que esse tipo de publicidade funciona; e assim por diante. Não digo que seja impossível: mas o custo de uma equipe comercial boa para propaganda é bem alto. E, assim, para que pudéssemos mantê-la, precisaríamos tirar o dinheiro de algum lugar. Como vivemos de venda de livros, a única forma seria subindo os preços dos livros.
Ou seja: essa seria uma solução que, até dar os seus resultados, acabaria encarecendo o produto como um todo.
Mas frete é outro assunto que já estamos abordando com os Correios e que deve cair em breve.
A minha frustração, é que no brasil o escritor novato nunca tem chance de crescer na profissão, principalmente sem a ajuda de editoras famosas, elas tem 99% de chance de te ignorar e, 1% de ler o seu trabalho. ( O seu Original).
Obs. A não ser que voçe seja: jogador de futebol, ator de novelas, jornalista rapper, etc.
Aldemir, isso não é uma realidade do Brasil, mas de 100% dos países do mundo.
A autopublicação existe para isso, para dar aos autores possibilidades que eles antes não tinham. E, para quem consegue dominar a mecânica de se divulgar bem, o sucesso é uma questão de tempo.
Mesmo porque, claro, mesmo os autores mais consagrados do mundo já foram novatos algum dia…
Mais importante do que os temas, considero interessante a diversidade de categorias. Ouvir poetas, cronistas, romancistas, autores de livros técnicos etc. Assim, vocês atenderiam à própria diversidade existente entre os autores do clube.
Abraço!
Boa sugestão, Sérgio!