Já conversamos, em episódios passados, sobre novas maneiras de se consumir (e, consequentemente, de se gerar) literatura. Em um mundo habituado à compra de livros, modelos como os de assinatura – a exemplo da UBook, que você pode ouvir no episódio 20 – ou de bibliotecas – como a Árvore, debatida no episódio 25 – são sempre oportunidades de se diversificar a relação entre livro, leitor e escritor.
E essa diversificação, essa inovação nas formas de fazer as histórias chegarem às pessoas, sempre deve ser comemorada. Primeiro, porque nós não estamos em um mercado exatamente disruptivo. Excetuando-se os últimos 10 ou 15 anos, mais ou menos, o mercado editorial mudou pouquíssimo desde os tempos do Gutenberg.
Vivíamos em um universo relativamente imutável em que poucos editores selecionavam os futuros best-sellers e os empurravam como alternativa única para uma massa espalhada de leitores por meio de livrarias essencialmente iguais. O que acontece – e a história já nos cansou de provar isso – é que mercados que teimam em não mudar para acompanhar a evolução das sociedades para as quais eles se destinam acabam eventualmente envelhecendo, acumulando mofo, se mumificando.
De 15 anos para cá, em imensa parte movido pela globalização digital, surgiram incontáveis alternativas. A autopublicação, inaugurada aqui no Brasil pelo Clube de Autores em 2009, permitiu que autores dos quatro cantos do país (e, já já, do mundo) pudessem se publicar sem depender das graças de editores tradicionais; aplicativos de ebooks permitiram que livros de todo o globo pudessem instantaneamente chegar às mãos de todos; audiolivros abriram oportunidades impensáveis – como ler enquanto se pratica esportes, para citar apenas uma delas – e assim por diante.
Na esteira de novas formas de se produzir e consumir literatura, lojas de assinatura apareceram para garantir o que podemos considerar como uma queda expressiva do custo por página lida e bibliotecas digitais, surfando nas melhorias de conectividade, deram um empurrão substancial ao consumo de livros principalmente em escolas e universidades.
De 15 anos para cá, o mercado editorial saiu do que eu costumo chamar de Idade Média e se modernizou, voltando a se conectar com o leitor e ampliando horizontes para toda essa nova cadeia literária até pouco tempo impensável.
Pois bem… toda essa revolução – bem como qualquer revolução, de qualquer natureza, em qualquer momento da história – teve como protagonista o seu conjunto de revolucionários, de executivos e empreendedores que lutaram para adequar uma realidade percebida como mofada e antiquada a uma visão muito mais incrível do papel da literatura no mundo.
E um desses revolucionários é o nosso convidado de hoje, André Palme, CBDO – ou Chief Business Development Officer – da Skeelo, a maior plataforma de leitura digital multiformato do Brasil. Do ‘Brasil’, ressalto, por enquanto – porque uma das missões do André assemelha-se à minha, aqui no Clube, que é comandar um processo de internacionalização e aportar em praias no além-mar.
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