Escritores terão máquinas como seus competidores?
Não vou nem me prolongar muito no texto deste post: um dos maiores limites para a ação de computadores e inteligência artificial é a capacidade de máquinas expressarem seus corações, algo essencial para a poesia.
Mas será que esse limitador é algo muito mais preso à nossa mente do que à realidade? Se você se deparasse com uma poesia escrita por uma máquina, como se sentiria?
Vale conferir a palestra abaixo, do Oscar Schwartz, sobre o assunto (clique no balão com reticências no rodapé do vídeo para escolher legendas em português).
Na prática – ao menos na nossa opinião, aqui no Clube – um bom texto é o casamento entre o conhecimento do seu autor aplicado a questões como técnica, linguagem e uso de referências efetivas com a originalidade de uma ideia.
Não há muito como competir com computadores na primeira questão: com uma capacidade essencialmente infinita de acúmulo ordenado de conhecimento, sistemas de big data e inteligência artificial podem facilmente superar o maior dos gênios humanos.
Mas e quanto à originalidade? Como conseguir detectar o zeitgeist de uma determinada sociedade e costurar as metáforas perfeitas para as obras de arte mais que perfeitas como fez um Shakespeare? Como inovar no próprio idioma como um Mia Couto ou um Guimarães Rosa?
É até possível que sistemas cheguem nesse ponto em algum futuro próximo: se tem uma coisa que a história nos ensinou é que todos somos apenas um compilado (genial, é bem verdade) de algoritmos que trabalham em sincronia interna e externa. Enquanto isso, no entanto, parece que a maior propriedade que nós, escritores (humanos) temos é justamente a nossa originalidade criativa.
Nesse sentido, recomendamos fortemente esse post aqui sobre como ter ideias para escrever um livro. Sim, ele aborda muito a questão de construção de conhecimento e referências – mas de nada elas servem sem essa originalidade criativa.
E quer saber? Todos os livros mais vendidos da história da humanidade – veja aqui – foram justamente os que portaram mais originalidade em suas páginas.
Voltando, pois, ao tema do post: é possível que poetas sejam substituídos por computadores? É, com certeza. Talvez mais que possível: provável.
Mas até lá, cabe aos poetas e escritores dificultar essa possibilidade aplicando a sua própria originalidade criativa e inovação, sendo esses dois os elementos que sempre, desde o princípio da literatura mundial, dirigiram os olhos e atenções dos leitores.
Olá aqui é o Andre eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante
Obrigada pelo artigo muito importante nos dias atuais.
excelente conteudo