Dia desses estava conversando com um dos autores daqui do Clube sobre a educação de nossos filhos e a difícil tarefa de escolher uma escola.
Ele fez um comentário interessantíssimo: “escolhi a escola de acordo com o ranking do ENEM: as melhores classificadas ficaram automaticamente fora da minha lista”.
Seu raciocínio pode fazer pouco sentido à primeira vista – mas é perfeito. Provas grandes como ENEM e vestibular, afinal, selecionam alunos muito mais pela sua capacidade de armazenar conhecimento, de decorar. Em linhas gerais, quanto mais dados forem encaixados no cérebro da criança ou do adolescente, melhor ele tenderá a se sair nesses provões.
Mas, na prática, isso realmente prepara para vida? Ensinar a decorar realmente é o mesmo que ensinar a raciocinar, a pensar criativamente?
Confesso que concordei com o meu amigo autor.
E por que isso interessa a um ambiente como o Clube de Autores? Simples: nós lidamos, em nossos cotidianos, com a criação de histórias – e dependemos a capacidade de raciocínio de nossos leitores para que elas sejam bem recebidas, bem entendidas, envolventes.
Não vou aqui pregar outra ou a favor do sistema de ensino brasileiro – não tenho competência para isso. Mas vou, sim, deixar um vídeo extremamente curioso do TED, uma palestra em que o educador Sir Ken Robinson discute justamente a eficácia da maneira com que ensinamos as nossas crianças: