Não é de hoje que o mercado editorial está em crise no Brasil – mas, neste ano de 2015, a crise econômica brasileira realmente tem sido cruel com modelos mais antigos de negócio. Apenas para listar alguns números comparando 2015 com 2014:
- Foram vendidos 3,7% a menos de livros no Brasil
- O desconto médio em livrarias foi menor, indo de 20,39% para 17,48%
- O preço médio dos livros subiu de R$ 33,60 para R$ 34,89
- O número de ISBNs cresceu de 100.102 para 102.995
Mas perceba que, quando abri o post, disse que os modelos tradicionais são os que estão sofrendo. E por que?
Olhe o último dado listado e compare com os demais: se o número de ISBNs cresceu, isso significa que há mais livros sendo publicados; e, se houve menos vendas e crescimento de preço, isso representa o impacto principalmente dos grandes best-sellers perdendo espaço nas estantes.
Ou, traduzindo, há mais livros independentes sendo lançados e interrompendo o modelo tradicional. Interrompendo no sentido positivo, claro: estamos causando uma disrupção, na falta de uma palavra melhor.
Nós, autores independentes, representamos um novo tipo de oferta de histórias para os leitores brasileiros; representamos modelos diferentes de narrativa, representamos todo um elenco de novos temas que os editores tradicionais sequer enxergam como relevantes.
E representamos, neste momento, o ponto exato em que o mercado editorial dá adeus ao seu modelo mais arcaico.
Vale dar uma olhada nessa pesquisa inteira, publicada pelo PublishNews. Para acessar, clique aqui, na imagem abaixo ou vá diretamente ao link http://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2015/11/uCfWcnfTtvIhoumYUicDMkH4hJQlOkTyCUbYaOaVEah1JFlrK49G8O5sUKBlbFwrs5Htau7FrDqqWyBr.pdf