Que tal visitar o Rio de Machado de Assis?

Nunca escondi, aqui no blog, que um dos (senão “o”) meu maior ídolo é o Machado de Assis. Foi ele quem me ensinou a ler de verdade, a entender entrelinhas, a fazer sinapses mais surpreendentes e, enfim, a amar literatura.

E sempre que vou ao Rio fico me perguntando por que ruas e lugares os pés e olhos desse gênio percorreram: como eram as paisagens na época, o que o inspirava, que transeuntes acabaram inspirando os Bentinhos e Capitus.

Em breve precisarei voltar ao Rio. Não tenho nenhum trabalho programado ou nada do gênero – mas soube de um aplicativo incrível que permite se fazer um tour pela Cidade Maravilhosa passando justamente pelos pontos ligados à obra do grande mestre.

Trata-se do Rio de Machado, uma app para iPhone, iPad e Android que ainda está prestes a ser lançado pela produtora 32 bits. Em que data?

Segundo a Folha, já está atrasada. Não tenho uma previsão de lançamento aqui mas a minha ansiedade tem me feito buscar o aplicativo no celular diariamente, desde o último dia 4. Agora é esperar e cozinhar mais ansiedade.

Enquanto isso, segue uma imagem da app disponibilizada na matéria da Folha (clique aqui para ler):

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

Um comentário em “Que tal visitar o Rio de Machado de Assis?

  1. Também fiquei apaixonada por Machado de Assis e pelo Rio das suas histórias no ginásio, onde o li pela primeira vez aos 12 anos. E comecei por Quincas Borba. Naquela época os professores ainda acreditavam que gente desta idade é capaz de compreender o que lê em livros com mais de cem páginas. Além de que professores eram leitores e sabiam o que fazer com os livros que nós tínhamos que ler. Sabiam o que queriam daquelas leituras, o que perguntar, o que priorizar. Aprendi a amar Literatura ainda na infância com Monteiro Lobato, mas as minhas leituras “adultas” começaram no ginásio, entre os 12 e os 15 anos. Depois deste, li todos os livros de Machado por conta própria, de uma coleção que havia na casa da minha madrinha. E deixei por último o Memorial de Aires, quando descobri o significado da palavra “derradeiro” e achava que não podia lê-lo antes dos outros. Foi uma grande experiência. Os meus preferidos ainda são Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Sinto muita vontade de relê-los, o que me frustra muito pela falta de tempo, mas ainda vou resolver este problema.
    Quanto aos locais do Rio por onde ele passou você vai encontrar alguns, mas talvez se entristeça. E precisa vir logo, pois muitas mudanças estão acotecendo por aqui. Se bem que algumas áreas antigas estão sendo “revitalizadas”, como a área do Porto que é ainda um Rio bem antigo, algumas estão um tanto maltratadas. Espero que consiga encontrar as melhores memórias. Abraço.

    L

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