A Geração Y

Na tarde de ontem, o autor Sidnei Oliveira publicou o livro “Geração Y” no Clube de Autores. Dado o interesse que o tema tem despertado – e o ineditismo de um livro sobre essa geração nascida na década de 80, à beira da era da informação, decidimos reproduzir um texto do próprio autor.

Ele segue abaixo, como uma espécie de degustação da obra. Quem se interessar, basta adquiri-la e se aprofundar mais em um assunto que certamente será determinante para empresas e profissionais de todos os ramos!

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A GERAÇÃO Y PROVOCA QUEDA NA BOLSA DE INFORMAÇÃO? (por Sidnei Oliveira)

Ninguém sabe exatamente como foi que aconteceu. Quando todos perceberam, o fato já estava consumado e já tinham identificado um culpado – A Geração Y.

Há muitas décadas a informação era negociada em mercados do mundo. O simples fato de fazê-la fluir era suficiente para movimentar riquezas pelo planeta.

Todos queriam possuir a maior quantidade possível. O investimento era muito seguro, pois a valorização estava sempre crescente. Nunca havia acontecido uma queda nas cotações. Ter informação era ter poder.

Sempre que alguém lançava uma informação nova, os preços rapidamente disparavam, pois a demanda por novidades alimentava este mercado.

Quanto mais restrita e exclusiva a informação, maior seu valor. Esta regra era sagrada. Nunca houve alguém que desafiasse esta realidade.

Alguns buscavam proteção para seu patrimônio em registros de patentes, outros simplesmente reservavam suas informações a um número mínimo de pessoas, apenas o suficiente para que pudesse gerar riquezas, como aquele famoso caso da fórmula secreta do refrigerante que vale milhões.

Em alguns casos ela atingiu o status de segredo, tornando obrigatórios, os contratos de sigilo para que ela pudesse circular normalmente.

A valorização atingiu tal nível que invadiu os relacionamentos humanos.

Gestores passaram a determinar sua autoridade pelo nível de informações “estratégicas” que possuíam. Literalmente, na empresa, quem tinha mais informações, tinha mais poder.

Professores exigiam “respeito” por terem mais informação, assim podiam determinar o avanço no desenvolvimento que permitiriam seus alunos alcançarem.

Mesmo os pais, passaram a educar seus filhos com base na posse de informações. Um dos instrumentos mais comuns, era solicitar aos filhos que “fossem para o quarto” quando queriam compartilhar alguma informação “valiosa”.

Quem, nestes últimos anos, não ouviu a frase : “quando você está indo, eu já estou voltando” . Típico recurso de quem acredita que possui uma informação mais “cara” que o outro.

Contudo, o fato é que, a informação já não está mais se valorizando. As cotações estão em queda desde o surgimento de novas tecnologias, principalmente a Internet.

Qualquer informação perde seu caráter de exclusividade no momento que é apresentada, isto dificulta muito a valorização e provoca alguns efeitos significativos nas relações pessoais.

Gestores encontram dificuldades na condução de suas equipes, pois já não possuem informações estratégicas sigilosas que possam sustentar sua “autoridade”. Eles sabem que um liderado esperto, tem habilidade em adquirir qualquer informação, mesmo as consideradas exclusivas da chefia.

Pais estão se surpreendendo ao descobrirem que seus filhos tem mais informações e mais habilidades em lidar com elas. Alguns inclusive atribuem a estas habilidades, uma equivocada avaliação de terem filhos “super-dotados”.

Professores são pressionados por não conseguirem a atenção verdadeira de seus alunos, que freqüentam as aulas por formalidade, realizando tarefas apenas para cumprir as exigências e receber o diploma.

A Era da Informação está terminando para dar lugar a uma nova era, com novos atores.

A geração Y não valoriza a informação da mesma maneira, pois sabem que ela está disponível a apenas alguns cliques. Isto não significa que a informação perdeu o valor, apenas o foco neste valor que está diferente.

Para estes jovens, uma informação somente tem valor quando flui, ou seja, quando pode ser compartilhada livremente para que tenha uma aplicação prática, que gere resultados reais, caso contrário, a informação não é relevante e pode ser desprezada.

Neste novo cenário, a capacidade de compartilhamento, a colaboração e o relacionamento estão em alta no mercado, e a primeira coisa que estamos percebendo é que os jovens da Geração Y, estão se mostrando muito mais eficientes neste mercado.
Contudo, isto não significa que os jovens estão protegidos de decisões equivocadas.

Se todo este compartilhamento de informação, toda colaboração e relacionamentos não tiverem um direcionamento baseado em valores sólidos, poderemos encontrar no futuro, milhares de ”engenheiros em nano-tecnologia“ ou doutores em ciências, virando hambúrgueres em lanchonetes.

Estamos vendo do surgimento da Era da Conexões.

Quanto você vai investir neste novo mercado?

Livro: A Geração Y
Autor: Sidnei Oliveira
Preço: R$ 39,99
PAra comprar, clique aqui ou vá ao link http://clubedeautores.com.br/book/2108–Geracao_Y

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

11 comentários em “A Geração Y

  1. Oi, Georgio. A princípio, já temos as negociacões fechadas. Agora é só o tempo de organizar a burocracia e a programação – mas creio que, até o mês que vem, tudo já esteja ok.

  2. Roberto Carlos

    Grato pela preocupação e com o alerta.

    Gostaria de registrar que o termo Geração Y, assim como Generation Y, Generacyon Y surgiu muito antes da criação do blog da Jornalista cubana, com o objetivo de identificar pessoas nascidas entre 1980 e 2000.
    Este termo acompanha outros termos como Geração X e Geração Baby Boomers, também muito conhecidos e adotados para identificar gerações nascidas em anos diferentes.

    No caso da jornalista cubana, ela utilizou este termo aproveitanto uma particularidade de Cuba, que durante o período de influência da União Soviética, os bebê era batizado utilizando nomes iniciados com a mesma letra para identificar o ano de nascimento. No caso dela, Yaoni Sanches, o Y foi a principal letra.

    Como a proposta do site dela é divulgar o cotidiano da vida em Cuba, acredito que uma simples leitura na descrição do meu livro é suficiente para não haver confusão quanto ao conteúdo e produção.

    Sobre a questão dos direitos autorais, não se aplica para este caso por se tratar de uma expressão universal.

    Estarei a disposição para outros esclarecimentos.

  3. Oi, Raphael! O povo está todo lá nas Páginas de Autores, trocando mensagens nos grupos e entre si ;-)

    Lá é um espaço mais fácil para se trocar idéias. Mas o blog também acaba ficando mais movimentado quando temos mais novidades sobre o Clube e com impacto maior para os autores. E quanto a isso… bom.. nos dê mais um tempinho que vamos ter muitas novidades BEM grandes nas próximas semanas!

  4. Olha que o assunto é dos mais importantes. Pretendo comprar o livro assim que puder!

    Só fico triste com uma coisa: cadê o povo daqui? Cadê os comentários, os debates? Isso aqui era mais movimentado quando foi lançado. Precisamos de outra matéria n Época? Ou de mais particpiação ativa daqueles que leem e escrevem?

  5. Oi, André! Estamos finalizando aqui o desenvolvimento de um sistema que permitirá a montagem e comercialização de coleções. Isto feito, já partiremos para o sistema de capas – que é a nossa próxima prioridade!

  6. Ricardo, dentre dessas novidades já está a personalização das capas. To terminando de escrever dois livros, um sobre Delphi e outro sobre loteria. Já gostaria de estrear com essa novidade.

  7. Sidney,

    O título desse livro, o que tem a haver com o blog, Generacyon Y, da jornalista cubana Yaoni Sanches, que é campeã mundial de acessos na web?
    É que vale conhecermos como ficam essas questões de direito autoral,etc…
    Não há aqui uma crítica minha, confie, mas chamou-me atenção o seu título justamente por ter achado tratar-se de uma obra co-produzida com ela.

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