Infelizmente a criatividade não é o único requisito para narrar uma boa história. Como produzimos nossos textos influencia (e muito) na qualidade das obras. Conhecer as diversas maneiras de conduzir frases e dar sentido às palavras é super importante! Para ajudá-lo nesta missão, preparamos um artigo dedicado à explicação e orientação de uso das vozes verbais: passiva, ativa e reflexiva.
Boa leitura! E, não se esquece de comentar ao final do texto o que você achou. :)
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O que são vozes verbais?
Vozes verbais são a relação entre sujeito e a ação do verbo. São elas que dão significado ao enunciado e ajustam o foco de cada frase.
Parece complexo, mas juro que não é! Confira os três tipos de vozes verbais abaixo.
O que é voz ativa?
A voz ativa coloca o sujeito do verbo em evidência. Ou seja, ocorre quando o sujeito agente (que pratica a ação) é o protagonista da frase.
Por exemplo:
- A criança soltou a pipa;
- O professor corrigirá as provas;
- A mãe prefere tangerinas.
Nos exemplos acima, os sujeitos são: criança – professor – mãe; e a ação está presente nos verbos soltar – corrigir – gostar. Na voz ativa, a frase é construída a partir da seguinte lógica:
sijeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado
O que é voz passiva?
A voz passiva é o contrário da voz ativa. Neste caso, o sujeito que sofre a ação (sujeito paciente) é que ganha destaque na frase. O sujeito agente (quem fez a ação) é adicionado ao restante do predicado e fica em segundo plano.
Podemos, ainda, dividir a voz passiva em sintética e análitica. Confira:
Passiva analítica
Além de trocar o sujeito agente e o sujeito paciente de lugar, é necessário adicionar uma preposição ligando verbo auxiliar + predicado. Já o verbo principal será conjugado no passado.
Exemplos:
- A pipa foi solta pela criança;
- As provas foram corrigidas pelo professor;
- Tangerinas são preferidas pela mãe.
Nos exemplos, os verbos auxiliares e o verbo principal estão destacados. A ordem é a seguinte:
Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado
Passiva sintética
Para facilitar a definição, lembre-se do significado de sintética – ou seja, “resumida”, “abreviada”. Basicamente, é um formato passivo, só que reduzido. Assim fica fácil, né?
Esse formato é caracterizado pelo uso do pronome apassivador “se”. Ele ajuda a passar a ideia de que alguma coisa é ou está sendo feita por alguém.
Exemplos:
- Pipas são soltas / Soltam-se pipa
- Provas são corrigidas / Corrigem-se provas
Nas frases acima, a lógica é a seguinte:
Verbo principal na voz ativa + partícula apassivadora + sujeito paciente
O que é você reflexiva?
Por fim, a voz reflexiva ocorre quando o sujeito executa uma ação em si mesmo. Para facilitar, lembre-se dos espelhos, que utilizamos para ver nosso próprio rosto.
Nestes casos o sujeito é tanto agente como paciente, pois executa e sofre a ação do verbo.
Exemplos:
- A criança filmou a si mesma / A criança se filmou
- A mulher maquiou a si mesma / A mulher se maquiou
E aí, conseguiu entender a diferença na construção das frases?
Lembre-se que cada formato é recomendado para um tipo de narração. Por exemplo, se as provas forem o personagem da história, vale investir na voz passiva. Já quando o sujeito é o professor, é melhor utilizar a voz ativa :)
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