E não, não estou falando da Bienal de Literatura. Pode parecer esquisito dado que este é um blog totalmente dedicado a livros, mas as grandes bienais de literatura se transformaram em feirões exaustivamente gigantescos sobre papel (e não sobre histórias). São poucas, pouquíssimas as novidades que realmente podem ser encontradas nos seus pavilhões e que não possam ser degustadas, por exemplo, em uma das tantas livrarias deliciosas que polvilham qualquer cidade média.
Em minha modesta opinião, bienais tem que cumprir um papel que vai muito, mas muito além de expor livros que não precisam delas para serem expostos. Bienais precisam inspirar.
Inspirar leitores a lerem mais, inspirar autores a escreverem mais, inspirar o país como um todo a se vestir melhor com mantos culturais fundamentais para a nossa evolução. E, enquanto as bienais de literatura não cumprem esse papel – ao menos a meu ver – há outra que vale a pena: a Bienal de Artes de SP.
Sim, ela é restrita a uma cidade: a capital paulista. Mas se você mora longe daqui, é o tipo de evento para o qual vale considerar uma viagem. As loucuras pelas quais se pode enveredar no pavilhão do Ibirapuera, incluindo instalações insanas e obras para lá de disruptivas, são suficientes para instigar mesmo as mentes mais cansadas.
A arte que se vê por lá vai muito além da que se costuma encontrar em museus: ela pinta o mais puro caos de pensamentos. E há alguma coisa mais inspiradora do que mergulhar no caos?
Se concorda comigo, programe-se: a Bienal estará ativa até o dia 11 de dezembro. Para saber mais clique aqui, na imagem abaixo ou vá diretamente ao link http://www.32bienal.org.br