Como curar angústias infantis com livros?

Boas histórias são excelentes remédios

Se você tem um filho pequeno sabe que, muitas vezes, diálogos diretos produzem poucos efeitos. Não que dialogar seja errado – se tem uma coisa que acredito piamente é que um canal de comunicação deve permanecer escancarado entre pais e filhos par quando se fizer necessário.

Mas o ponto aqui é outro. Às vezes, pequenos hábitos começam a tomar ares de tiques e medos pequenos começam a se transformar em agressividade ou fobias exageradas. E o diálogo direto com uma criança sobre essas transformações pouco lógicas nem sempre surtem os efeitos esperados por nós, adultos, tão habituados ao mundo das obviedades.

Não vou aqui dar conselhos: não tenho nenhuma credencial que me habilite a isso a não ser a minha própria paternidade. Mas vou, sim, fazer uma observação.

As tais linhas tortas

Talvez o caminho não seja apenas um diálogo tão racionalmente direto ou uma reprimenda. Talvez o caminho seja justamente o de buscar destrancar a angústia a partir do mundo da imaginação da criança.

Talvez o segredo esteja no tanto que uma criança expressa (e digere a partir do próprio e simples ato de se expressar) nas histórias. E isso é válido nas duas frentes: ler (ou ouvir) histórias aumenta o repertório da imaginação, algo fundamental até para a futura vida adulta; gerar histórias a partir de desenhos ou brincadeiras tangibiliza angústias e aproximas eventuais “curas”.

E “cura”, aqui, é uma palavra péssima já que não estamos falando de nenhum tipo de doença como gripe ou catapora: estamos falando daqueles difíceis momentos de crescimento em que uma criança, com a pouca experiência de vida que tem, precisa lidar com um mundo tão assustador à sua volta. Convenhamos: é algo bem mais difícil e complexo que uma gripe ou catapora.

Não é também óbvio que o “remédio”, para continuar insistindo na mesma péssima metáfora,  esteja distante de prateleiras ou de conversas adultas?

Se tem uma coisa que crianças aprendem desde cedo é a se resolver sozinhas. Nós, pais, precisamos apenas emprestar os nossos sempre atentos olhos e ouvidos para guiá-las entregando as referências certas para os momentos exatos.

Que referências são essas?

Histórias bem selecionadas e papéis em branco.

Na maior parte dos casos, é o que basta para destrancar a imaginação e tirar dela todo um mar de angústias esdrúxulas.

Como escrever um livro infantil

Se você está interessado em escrever um livro infantil e quer saber como, incluindo dicas relevantes e melhores práticas, vale ler esse post aqui.

Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

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