Terrorismo, guerras, assassinatos, terremotos, furacões, desastres de grande impacto. Quando se pergunta sobre os grandes riscos para raça humana como um todo, essas são algumas das principais respostas que obtemos.
Pudera: temas como o terrorismo, principalmente depois de eventos como os atentados de Paris, dominam os noticiários 24 horas por dia. E o motivo é claro: eles são disruptivos.
Sim, todos sabemos que cigarro mata – mas ninguém passa dias seguidos chocado ao se deparar com um fumante. Por outro lado, o raro evento de um homem bomba se explodir nas ruas de Paris é tão diferente, tão chocante, que, apesar de causar muito menos mortes que cigarro, acaba ganhando muito mais atenção.
Em outras palavras: percepções são geradas por disrupções, por grandes choques e quebras do status quo. E, em um mundo feito por criaturas mais predispostas a imaginar do que a raciocinar, tem o poder de pintar “realidade” absolutamente distantes do real.
Quer uma prova? Veja a imagem abaixo, extraída a partir do Atlas do Risco, sobre as principais causas de morte da atualidade.
Perceba o óbvio: as que costumamos ter mais medo são as menos prováveis de acontecerem.
Às vezes, ser uma criatura racional é bem pouco racional.