Ele é sempre o exemplo que utilizo quando me perguntam sobre autopublicação.
Há uma imagem de que o mercado para escritores hoje é muito mais difícil do que o do passado – que, lá atrás, existia todo um grupo de editores que apoiavam ferozmente novos talentos e os deixavam com a tarefa única de escrever.
Isso nunca foi verdade. Esse modelo de escritores descobertos pelo mercado e ganhando a possibilidade de dedicar o seu tempo única e exclusivamente em escrever nunca foi real, pelo menos não do ponto de vista da normalidade. Há exceções? Claro. Mas sempre foram poucas e raras.
A regra sempre foi outra. É difícil imaginar um escritor famoso, em qualquer canto do mundo, que não tenha dominado as ferramentas de marketing e autopromoção.
Machado de Assis, nosso grande mestre, não está fora dessa esfera. Ser negro, epiléptico e pobre no Rio de Janeiro do século XIX dificilmente abria portas.
Mas ele, no entanto, as abriu.
Vale conferir esse pequeno documentário sobre sua vida- e se inspirar com este que é provavelmente o maior mestre da nossa literatura. Mesmo porque, verdade seja dita, se tem uma coisa que os nossos tempos possibilitaram foi uma quantidade muito maior de portas que podem ser abertas mais facilmente do que nos séculos passados.