Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), a venda de e-books no Brasil cresceu 225,13% entre 2012 e 2013. Número alto, sem dúvidas, e que deixa claro uma adoção crescente do meio eletrônico para leitura.
O curioso é que dados como esse tem gerado uma espécie de preconceito inverso por parte de escritores: muitos começaram a publicar os seus livros apenas no formato eletrônico, auto-declarando-se “early adopter” e buscando uma parcela de leitores que acreditam ser o futuro.
E até podem ser – mas futuro costuma ser um conceito com prazo indeterminado. Sabe, por exemplo, quanto esse crescimento de 225% representa? 2,6%.
Em outras palavras: restringir a publicação ao formato digital é o mesmo que desprezar, por ideologia, 97,4% do público em potencial.
Há ainda um outro dado: em nenhum momento a venda de impressos diminuiu. Ao contrário: no mesmo período ela cresceu 4,13%. Sim: 4% é menos que 225%. Mas percentual é sempre um dado relativo – principalmente quando a base de crescimento é tão diferente.
O que isso tudo significa? Que qualquer tipo de preconceito quanto a formato não faz sentido.
Publicar só como impresso é, com certeza, perder uma oportunidade maior de venda e uma distribuição global instantânea e sem fronteiras.
Publicar só como ebook é desprezar a maior parte do mercado.
Para que, então, tomar decisão em nome do leitor? Se é possível, então por que não publicar em ambos os formatos?
Olá!
Eu sempre fui grande amante dos livros de papel – antes do advento dos ebooks. Depois, dadas as dificuldades da leitura no Pc, continuei preferindo o papel até… Surgirem os leitores eletrônicos.
Hoje em dia, eu, que sou vendedora de livros usados na internet (sebo virtual), estou começando a liquidar meus estoques: mesmo em casa estou esvaziando as estantes, pois o “cheiro do papel” não me atrai tanto quanto antes. Depois de algum tempo o papel, por mais que se cuide, sempre junta poeira, ácaros, fungos… sem falar em traças, rs.
Como eu gastava metade do meu tempo limpando estantes entulhadas, agora resolvi aderir ao ebook e audiolivro de vez. Tenho meus exemplares impressos ainda, mas já não me apego a eles como antes.
E sempre tenho nos leitores eletrônicos e computador todos os ebooks que aprecio.
Mal consigo segurar um livro de papel, pesado, que precisa sempre de mais espaço e limpeza constante… Sempre agradeço ao inventor do “mundo digital” pelos preciosos ebooks, rs.
Quanto aos livros que publico no Clube, esses tenho igualmente nos dois formatos. Para quem não gosta de ler, o impresso é ainda a melhor opção e pode “capturar” mais a atenção, já que é físico… Mas para quem lê muito, a rapidez e agilidade de uma leitura digital é sempre preferível.
Gosto dos dois formatos; e-book é interessante para pesquisa rápida.
Eu mesmo prefiro comprar no formato impresso, por ter mais facilidade de ler, e também pelo prazer de sentir o cheirinho viciante de livro, mas o o formato digital tem tambem suas vantagéns.. publicar nos dois formatos é interesante porque pode atender as necessidades de leitores com diferentes perfis.
Não concordo com o termo “preconceito ao contrário” ou “preconceito inverso”, pois preconceito é uma coisa só e caminha em várias direções. Mas assino embaixo deste texto. Mesmo leitores mais jovens ainda possuem uma relação muito próxima com o livro em papel e ele ainda é o motor da cultura e da educação. Imprescindível. E, afinal de contas, o que custa deixar as duas opções disponíveis? Parabéns pelo artigo.
Os dois formatos têm suas vantagens: o impresso é excelente para leitura; o digital para pesquisa. Portanto, concordo com a opinião expressa no texto: por que não ficarmos com os dois?
Eu sou uma eterna defenssora do livro impresso.
Oi Cyntia! Nós também somos – mas também somos de livros eletrônicos, audiolivros e qualquer formato de “transmissão de histórias” :-)