Sim: as Bienais de Arte de São Paulo já foram maiores no passado do que hoje. Afinal, desde a sua primeira edição, na década de 50, até pouco tempo atrás, alguns dos mais renomados artistas de toda história já passaram pelo prédio da Fundação Bienal, no Parque Ibirapuera (em SP).
Mas uma mudança de rumos – o foco maior em artistas contemporâneos do que nos grandes mestres do passado – certamente deu um ar diferente, mais “fresco” e mesmo mais impactante para quem quiser “beber” inspiração diretamente da frente de batalha cultural.
É por conta disso que indicamos – ferozmente – que todos os autores que puderem agendem uma visita ao evento. Veja como a curadoria definiu essa Bienal:
(…) a 30a Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas não possui um tema, mas um motivo. Esse motivo é o ponto de partida do qual se deduz uma série de perguntas sobre o tempo presente – entre elas, como a arte contemporânea funciona em situação de iminência, em um mundo imprevisível, marcado por acontecimentos que estão por vir e que nossos sistemas de pensamento não são capazes de assimilar plenamente.
Nesse âmbito, ligam-se duas ideias: a de iminência – entendida como aquilo que está a ponto de acontecer, como o que está suspenso, em vias de efetivação – e a de poética – entendida como discurso, como aquilo que se expressa, que se cala, que se transforma e que ganha potência comunicativa por meio da linguagem das artes. De acordo com o curador Luis Pérez-Oramas, a iminência também se manifesta pelo fato de que as obras de arte acontecem adquirindo, cada vez, uma forma diferente. A poética, por sua vez – em um sentido muito antigo resgatado pela curadoria –, é o arsenal simbólico que permite o estabelecimento de estratégias discursivas, cada vez mais presentes na arte contemporânea.
Nas palavras do curador, “a 30a Bienal aspira contribuir com o estado da discussão sobre o rol das práticas artísticas hoje, e não pretende, portanto, afirmar-se com respostas definitivas, ortodoxas, messiânicas”. A curadoria da exposição deseja colaborar para a construção do presente, a partir das articulações que propõe entre as obras, da consistência de sua expografia, da claridade de sua identidade visual e do diálogo a travar com o público.
Já quer sair correndo para a Bienal? Então veja as informações abaixo:
TRIGÉSIMA
BIENAL DE SÃO PAULO
A IMINÊNCIA DAS POÉTICAS
7 DE SETEMBRO – 9 DE DEZEMBRO 2012
PARQUE DO IBIRAPUERA, PAVILHÃO DA BIENAL – SÃO PAULO
ENTRADA GRATUITA
HORÁRIO DE VISITAÇÃO:
TER, QUI, SÁB, DOM E FERIADOS
DAS 9 ÀS 19H – ENTRADA ATÉ 18H
QUA E SEX DAS 9 ÀS 22H – ENTRADA ATÉ 21H
FECHADO ÀS SEGUNDAS