Desde ontem, quarta-feira de cinzas, a poeira começou a assentar pelos quatro cantos do país. No Rio e em São Paulo, os carros alegóricos começaram a se desnudar e a trocar enredos por silêncio; nas pequenas cidades mineiras, a festa incessante iniciou o período de um ano de trégua; nas estradas litorâneas, o trânsito lentamente cedeu lugar à nostalgia; e, na Bahia, os trios se metamorfosearam em caminhões normais, despindo-se dos potentes sistemas de som e despedindo-se dos reis Momo, Dodô e Osmar.
Agora, só no ano que vem.
E o que será que acontece entre Carnavais?
De certa forma, a vida volta ao normal.
E é neste “normal” entre as festas que se passa a história de um baiano pobre que, perambulando pelas ruas de Salvador, toca a sua vida. O livro Entre Carnavais, publicado recentemente aqui no Clube, permite ao leitor um verdadeiro mergulho no “lado b” da vida de uma cidade que tem se imortalizado pelos acordes que sacodem os seus pontos turísticos todo mês de fevereiro.
Segundo a sinopse: Afora os ziriguiduns, os rataplãs, os pracatuns e os berenguendens carnavalescos, a idéia de que a evolução é o nosso caminho natural cai por terra se a realidade é observada com alguma, a mínima que seja, meticulosidade crítica. Pelo menos esta é a cruel constatação do anti-herói folhetinesco desnudado pelas linhas vindouras, após anos de lucubrações soltas enquanto vagava pelo mundo envolto nas densas névoas da invisibilidade social.
Para quem quer uma leitura densa, daquelas que realmente mudam a forma com que enxergamos a vida e homenageiam os pais da nossa literatura com frases bem esculpidas e palavras fortes, essa obra escrita por Hugo di Lucas é perfeita. Principalmente para ser lida a partir de agora, no início desse calendário que se define entre carnavais.
Quer saber mais? Acesse então a sua página clicando aqui, na imagem abaixo ou no link http://clubedeautores.com.br/book/41533–Entre_Carnavais