Bienal de São José dos Campos dá exemplo para o mercado editorial

O sonho de muitos escritores independentes é ter a sua literatura reconhecida em feiras e festas dedicadas a livros – como, por exemplo, as bienais que pontilham o calendário editorial brasileiro.

Na maior parte dos casos, no entanto, esse sonho é frustrado por uma espécie de “regra implícita” aos eventos: as participações oficiais ficam restritas justamente aos escritores mais consagrados (e que, até por isso, são os que menos precisam de visibilidade). E, de best-seller em best-seller, muitas das feiras literárias acabam ficando idênticas umas às outras: grandes espaços com livrarias, editoras e palestras com renomados autores (na maioria dos casos, aliás, os mesmos de sempre).

Nada contra autores consagrados – claro. Eles percorreram um caminho árduo e, se chegaram ao reconhecimento, certamente foi porque o mereceram. Mas entristece a costumeira falta de espaço dado aos novos autores – aqueles que realmente estão escrevendo a literatura brasileira de hoje.

Ontem, recebemos um email de uma autora daqui do Clube, Juliana Nunes Veloso, compartilhando algo diferente.

Entre os dias 8 e 17 de abril de 2011, a cidade de São José dos Campos (SP) realizará a sua primeira bienal do livro.O evento terá o seu espaço dividido em 3: o Papo de Autor, que concentrará bate-papos com personalidades consagradas da literatura brasileira; o Espaço Regina Drummond, voltado para oficinas e realização de peças teatrais; e o espaço Autores Joseenses.

Este último foi o que mais chamou a atenção: em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, os autores que vivem em São José dos Campos terão um espaço para eles em que poderão lançar as suas obras, conversar com o público e, desta forma, ter um espaço maior na mídia.

Ponto para São José que, com a sua primeira bienal, já colocará os holofotes sobre os “autores de casa”; ponto para esses autores que, claro, ganharão visibilidade; e ponto para o público, que poderá ter contato com talentos de sua própria região.

Um modelo em que todos ganham se soma em algo positivo para toda a literatura brasileira.

Da nossa parte, damos os parabéns para os organizadores da Bienal e para Juliana Nunes Veloso, que exporá o seu livro “Filha de Dois Mundos” no evento (mais precisamente às 19:00 do dia 14/04, no estande 45).

Para saber mais sobre a Bienal, clique aqui ou acesse diretamente o link http://www.bienaldolivrosjc.com.br

E viva a literatura independente brasileira!

 

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Ricardo Almeida

Sou fundador e CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação do Brasil e que hoje responde por 27% de todos os livros anualmente publicados no país. Premiado como empreendedor mais inovador do mundo no segmento de publishing pela London Book Fair de 2014, sou também escritor, triatleta e, acima de tudo, pai de família :)

4 comentários em “Bienal de São José dos Campos dá exemplo para o mercado editorial

  1. Nossa!!! Acordei hoje ouvindo a notícia sobre a Bienal em SJC, e fiquei radiante de alegria!
    Agradeço a todos por me dar esta alegria!
    Honras para todos!!!

  2. Parabéns. Autores consagrados também tiveram sua época de autores desconhecidos. Alguém abriu-lhes a porta. O Clube de Autores é isso, uma grande porta aberta. No Brasil, muitas editoras ainda publicam apenas autores consagrados e autores cuja obra já caiu no domínio público, onde direitos patrimoniais já não existem. Quem faria diferente não é? Afinal publicar obra clássica é garantia de retorno de investimento. Mas de fato mata o avanço da literatura que, por conta de grandes esquemas de distribuição e aluguel de prateleiras fornece saber em doses homeopáticas apenas. Nesse sentido é que o Clube de Autores marca um tempo de revolução cultural. A internet tende a romper barreiras de monopólio e cartéis, para o bem da humanidade.
    Abraço a todos.

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