Por favor, que ninguém encare este post como político e partidário: não é o caso.
Mas hoje, dia 24 de janeiro, temos um ex-presidente sendo julgado em segunda instância por corrupção, podendo inclusive sair preso.
Não pretendo, aqui, fazer coro para um lado ou para outro: acredito que todos já temos uma opinião formada e na torcida pelo desfecho que mais agrada as nossas próprias consciências.
O ponto aqui é outro: hoje, aconteça o que acontecer, há história sendo feita. Hoje, pela primeira vez, o Brasil terá um ex-presidente oficialmente liberado ou condenado, sob urros irados e aplausos incandescidos.
Nós, escritores, nos habituamos a encontrar enredos nas salas mais escuras das nossas próprias imaginações: inventamos mundos como quem troca de camisa. É o que mais gostamos de fazer, afinal.
Mas são raras as vezes em que enredos fortes, indiscutíveis, se desdobram perante nossos olhos. São raras – mas hoje é uma dessas ocasiões.
Assim, quer você torça para um ou para outro desfecho, guarde um pouco de energia para celebrar o simples fato de que está testemunhando, em primeira mão, um dos dias realmente decisivos da história do nosso país. E isso, para um escritor, certamente vale muito.