Na Grécia antiga, a Olimpíada era uma competição esportiva entre os melhores atletas da região com o objetivo de homenagear Zeus. Durante os dias em que as exibições ocorriam, guerras eram suspensas e a paz suprema reinava entre todos os povos de maneira inquestionável.
E como isso homenageava Zeus, o deus dos deuses, filho de Chronos? Mostrando uma espécie de perfeição da energia da espécie, usando os feitos esportivos campeões como exemplo do quão capaz era a humanidade como um todo.
As Olimpíadas, na Grécia antiga, eram muito mais filosóficas do que atléticas – até porque mal existia uma linha que separasse os dois conceitos.
Hoje, talvez, não seja diferente. Hoje, mais de 3 bilhões de pessoas no mundo todo param para ver o que atletas dos 5 continentes tem de melhor. Testemunham contorcionismos embasbacáveis das ginastas; velocidades guepárdicas de corredores; força paquidérmica de levantadores de peso; fluidez de nadadores que invejam golfinhos; e um tipo de garra que apenas nós, humanos, conseguimos ter. Há mais para as Olimpíadas do que o mero esporte: há a exibição do que os nossos corpos, motivados pelas nossas mentes, são capazes.
Na Grécia antiga, as Olimpíadas eram fonte de inspiração para os mais diversos gênios – incluindo, para ficar apenas em um dos maiores contadores de história da humanidade, Homero. Os feitos que aproximavam homens de Deuses davam margem a personagens, a épicos, a mundos que existem apenas na imaginação de quem testemunha heróis.
Aprendamos mais com nossos ancestrais gregos, a quem tanto devemos. Esses dias em que vivemos são dias de parar, contemplar e deixar o heroismo alheio entrar pelas nossas pálpebras, tocar os nossos corações e gerar impulsos em nossos dedos ávidos por contar histórias.