Esse post não é meu e nem é novo. Peço desculpas ao leitor, mascarei lendo-o apenas agora e, justamente por considerar o tema extremamente importante e atual, decidi repostá-lo aqui.
Ao longo de toda a minha vida, sempre considerei livrarias como templos sagrados. Mesmo na minha infância, na cidade de Salvador, onde boas livrarias costumavam ser tão raras quanto dia de inverno, eu dava um jeito de me entrincheirar, por algumas horas que fossem, onde conseguisse mergulhar em páginas de histórias.
Em muitas delas, confesso, o conhecimento dos vendedores sobre livro era nulo. Lembro uma vez de ter pedido um livro sobre ‘reforma protestante’ e ter ouvido do vendedor que ele não tinha nada sobre esse tema, mas tinha 2 títulos sobre ‘reforma agrária’.
Ainda assim, o tempo passou. As livrarias evoluíram. Os ambientes ficaram com menos cara de mofo e mais gostosos, perfeitos para se passar o tempo. Os vendedores, guias fundamentais principalmente para quem ainda está indeciso, se informaram.
Diria que, ao menos em nossas terras, vivíamos a era dourada das livrarias.
Até que elas viraram grandes negócios. Veja: não tenho nada contra grandes negócios. Nem poderia: todo empresário, afinal, tem mais é que querer que seu negócio cresça, prospere.
Mas, no ramo de livrarias, esse crescimento acabou sacrificando justamente a literatura. Sim: hoje temos ambientes mais confortáveis que na década de 80 – mas com níveis de (des)conhecimento dos seus “guias” quase igual.
Um retrocesso tenebrosamente triste.
Vale conferir o artigo (clique aqui) – antes que me alongue tanto que essa introdução acabe ficando maior do que o seu alvo real!